Morar junto implica em encarar de frente os gostos, costumes e o modo de viver de outra pessoa. E isso não será de vez em quando, o lance é acordar e dormir juntos todos os dias. Isso é ótimo, afinal de contas dividir o teto com alguém que a gente ama e escolheu é a concretização de um sonho que pode ser dourado. Mas, não é a melhor escolha para todos os casais.
Há algumas coisas importantíssimas que precisam ser levadas em consideração e uma das mais importantes é a individualidade e a necessidade de ficar sozinha de vez em quando, e vamos estender isso para os dois.
O espaço de cada um, até o da bagunça pessoal, deve ser preservado: um canto, um armário que seja, esse "algo" de cada um é o DNA dessa pessoa, se isso for desmembrado, perde-se a identidade. E pode acontecer também de essa identidade ser aquela pela qual o outro se apaixonou.
Momentos só seus, de solidão por escolha mesmo, são necessários para se viver saudavelmente, todo mundo precisa disso, estar um pouco sozinha (o). Não é porque você casou ou foi morar junto de alguém que precisa estar "grudado" constantemente.
Sim, você tem direito de se trancar sozinha no quarto, ou de sair para passear sozinha no parque, para pensar, para chorar e para rir sozinha, sempre que precisar.
Nada disso anula ou diminui o amor, a admiração ou qualquer sentimento que já existia. Quando os dois moram em casas separadas os elementos que atrapalham ou incomodam simplesmente desaparecem e os dois ficam apenas com os momentos que realmente que compartilhar. O que você acha?
Por Giseli Miliozi (Vila Mulher)