Terça, 08 Janeiro 2013 23:03

Quem está à procura de um “cara”?

Ele pensa em você toda hora, conta os segundos se você demora, está o tempo todo querendo te ver.

Esse é o homem ideal descrito na música “Esse Cara Sou Eu”.

 

Atual trilha sonora da novela das 21 horas, a canção caiu na boca de muita gente. Mas será que esse “príncipe encantado” – extremamente romântico e que vive o tempo todo para sua mulher - ainda é o mais buscado?

 

O psicólogo Pablo de Assis comenta que “o cara” da música ainda é procurado por muitas mulheres, embora não seja uma preferência de todas. O fato é que parte da letra tem assustado uma parcela da mulherada por aí. 

 

“Enquanto temos aquelas que idealizam o seu ‘herói’, que chegue no cavalo branco, de armadura e espada em punho, pronto para defendê-la de todo mal, temos também as que já são mais fortes e querem um homem para compartilhar a vida. Existem mulheres com todos os gostos! Essa é a beleza dos dias de hoje”, afirma.

 

 

A origem do “Cara”

 

Pablo explica que o romantismo só foi valorizado historicamente no final da Idade Média, e também nos séculos XVIII e começo do XIX. Depois disso, foi retomado com mais força após a Segunda Guerra Mundial. Agora, somos reapresentados pela ideia de um cara que pensa em você o tempo todo, que não desgruda um segundo, que te protege de tudo, como se você não pudesse se defender sozinha.

 

“Esse perfil é herança da sociedade patriarcal, centrada nos valores masculinos, do homem forte e da mulher frágil. Uma forma de construir isso é valorizar a fraqueza feminina, dizendo coisas como por exemplo,  é bom ter um cara que ‘abre a porta do carro para você”, continua o psicoterapeuta.

 

São valores passados de geração para geração. “Muitas mães ensinam às suas filhas que assim é que deve ser e incentivam os filhos a se portar dessa maneira”, completa.

 

Os valores são construções sociais e não há nada de errado com isso. O problema pode estar em buscá-los em suas versões mais extremas. “Um apego ao lado romântico pode ser muito prejudicial a um relacionamento porque se deixa de lado todo o aspecto mais racional”, analisa. Um cafajeste, por exemplo, pode ser um cara galanteador e romântico, mas, ao mesmo tempo, diminui a mulher.

 

 

Em busca do cara ideal

 

Pablo explica que, mais do que um parceiro idealizado, as mulheres deveriam desejar um relacionamento saudável e equilibrado. É por isso que a letra incomoda. “Nem oito nem oitenta, nem muito romântico, nem romântico de menos. Eu, particularmente, ficaria com um pé atrás diante de uma pessoa como a da música”, confessa. 

 

O estranhamento, aliás, pode vir de uma importante mudança social - a conquista da independência feminina e da posterior reavaliação dos papéis de gêneros. “Mulheres trabalham, podem pagar a conta do restaurante ou do motel, sabem dirigir e abrir a porta do carro. Homens também sabem lavar a louça, cuidar da casa, cozinhar, choram e até mesmo precisam de uma mulher que ‘enxugue seus prantos’. Dessa maneira, ‘esse cara’ que lhe defende de todo o perigo já não é prioridade”, conclui o psicoterapeuta, esclarecendo que “muitas mudanças sociais fizeram com que ambos os sexos percebessem que não é o gênero que define o potencial, mas sim o caráter. O gênero é inato e o caráter é construído com a vida”.

 

 

 

 

 

Fonte - Portal Vital

 

 

 

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