Sábado, 01 Dezembro 2012 15:56

Como lidar com a insegurança

 

A psicóloga Isabel Bernardes aborta esse assunto que para muitos se transforma em trauma.

Recentemente uma moça me procurou queixando-se da sensação de insegurança que sentia em seu relacionamento afetivo.

 

Ao longo de nossa conversa afirmava que nunca se sentira tão vulnerável num relacionamento, ainda mais quando levava em conta que era mais velha e, portanto, considerava-se mais madura que a outra pessoa.

 

O que percebemos através dos questionamentos suscitados no diálogo que travamos? Primeiro, que aparentemente os projetos e as expectativas dela e da namorada com relação à vida em geral não coincidiam. Além disso, algumas atitudes da namorada eram incompatíveis com o tipo de caráter que ela considerava aceitável de modo geral.

 

Seguindo em frente, pudemos notar que o tipo de relação que a outra moça aparentemente vivia com a queixosa gerava nesta última alguma desconfiança, não pelo fato de ser diferente da relação monogâmica considerada padrão na nossa sociedade, mas por essa proposta não ser exposta claramente pela outra.

 

Ao final de nossa conversa e retomando seu início, essa moça pode admitir que, sendo seu primeiro relacionamento homossexual, não lhe agradava expor sua sexualidade publicamente com alguém que lhe gerava tamanha insegurança. Assim ela pôde se perguntar se, diante dessa pessoa que ela passava a reconhecer, ainda se dispunha a compartilhar a vida com tal namorada.

 

 

Como agir

 

O exemplo citado trata de um relacionamento afetivo, mas a insegurança surge na vida das pessoas com base em diversos temas além desse: trabalho, carreira, família, amigos, etc. O que há de comum então entre todos eles para desembaralhar o fio dessa meada?

 

A insegurança se relaciona ao desconhecimento: uma situação nova gera esse medo e para nos livrarmos dele costumamos partir para o conhecido dentro desse desconhecido.  Se vamos dar nossa primeira aula numa instituição de ensino ou fazer uma apresentação no novo trabalho, podemos nos reportar aos seminários que fazíamos na escola ou na faculdade, por exemplo.

 

O que nos tira desse estado de insegurança, portanto? A ação. Mas você pode dizer: e eu vou agir como, se estou paralisada por esse medo? Se não tem de onde partir, vamos do começo: você. No exemplo da moça  acima quais eram os problemas? Não reconhecer nem a si nem à outra pessoa: o ápice do desconhecido. Qualquer uma se sentiria insegura! 

 

 

Como já falamos antes aqui, identificar o que é importante para você é o passo fundamental para qualquer passo posterior. Depois desse o seguinte deve ser reconhecer o que você faz para alcançar ou proteger o que te alimenta. E, por fim, reconhecer no outro o que para ele é essencial e quais são suas ações na vida. Assim você sabe quem é, o que faz e onde quer chegar com isso, e faz o mesmo com relação aos outros com quem se relaciona nas várias esferas da sua vida.

 

Se você se sente insegura em alguma delas vale a pena se questionar sobre qual dessas questões você não é capaz de responder, afinal, como diz o Gato da Alice (no País das Maravilhas) "se tanto faz para onde você vai, qualquer caminho serve". Se não é o seu caso, melhor observar as placas (dentro e fora de você) com mais atenção. 

 

 

Por Isabel Bernardes, Psicologa

 

 

 

 

 

Fonte - BBel

 

 

 

 

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