Algumas pesquisas dizem que a coabitação rende em mais divórcios; outras dizem que é o melhor caminho para decidir se querem mesmo casar. A questão é que casando ou não, morar juntos traz um monte de desafios.
Para Bárbara Favretto, que foi morar com o marido Josh Spinner, em 2008, o maior desafio foi dividir o espaço. “Quando você sai da casa dos pais para morar sozinha, você acaba se acostumando com as suas manias. Quando vai morar com outra pessoa, precisa equilibrar suas manias e as dele. Você tem que ceder seu tempo para as coisas que ele gosta e nem sempre você gosta”, conta a psicóloga.
Bárbara acredita que para uma relação dar certo, vocês têm que dividir o tempo juntos e cada um precisa ter seu próprio tempo, sem perder a individualidade. Ceder também faz parte dessa divisão e no caso dela, teve que aprender a ser mais organizada para que a casa funcionasse. E houve uma divisão de tarefas; um lava louca, o outro o banheiro, etc..
Para a designer Gabriela Dias, as diferenças de criação foram mais gritantes. Enquanto ela foi criada e morava apenas com a mãe, o ex-namorado tinha origem em uma família com pai e mãe casados e mais dois irmãos. “Ele tinha hábitos muito diferentes dos meus e foi bem difícil no começo. Aos domingos queria assistir programas de auditório na TV, enquanto eu estava acostumada a usar os domingos para passear. Odeio televisão”, desabafa.
Gabriela acredita que morar juntos durante dois anos foi fundamental para decidirem que rumo queriam dar a suas vidas; e descobriram que seria melhor se separar.
“Tem coisas que só namorando você não percebe, principalmente algumas manias. E você acaba conhecendo mais de você também. Depois desses dois anos, foi mais fácil decidir o eu que queria para o meu futuro e vida amorosa”, finaliza.
Paula Brandão foi morar com o atual marido há 3 anos e meio. Essa foi a primeira vez que saiu da casa dos pais, sendo que o companheiro, Tales Gryga, já morava sozinho há quase 10 anos. Para ela, os maiores desafios foram aprender a organizar o dinheiro e o dia a dia da casa, como por exemplo, contratar uma empregada.
“Tive que me organizar para dar conta de tudo que a diarista não fazia e adaptar o Tales ao meu jeito de morar sozinha. Tivemos que chegar a um acordo, pois cada um tinha suas manias. Nós também precisamos ajustar o que cada um pagaria”, conta a jornalista. Essa e qualquer adaptação não acontece da noite pro dia, é um processo.
Por Helena Dias (Vila Mulher)