Segunda, 10 Dezembro 2012 17:48

Sim, a fórmula da felicidade existe, e está em você!

Felicidade = 35% de genética + 15% das circunstâncias + 50% de vontade própria.

Não, você não aprendeu essa fórmula na escola, mas ela é mais procurada do que qualquer Lei de Newton. Segundo o norte-americano Martin Seligman, trata-se da equação para ser feliz.

 

O método está descrito no livro Authentic happiness, em que o psicólogo tenta oferecer postulados para a bonança. Para começar, Seligman defende que o primeiro fator encontra-se em nosso DNA. Isso significa que cada um herda certo nível de felicidade, ou seja, não seremos nem mais nem menos felizes do que a carga genética deixada pelos nossos pais "permitir".

 

Enquanto a primeira variável da equação relaciona-se às determinações dos genes, a próxima está ligada às heranças culturais e ambientais. Por exemplo, quem nunca ouviu brasileiros dizerem que foram para Londres e ficaram deprimidos com uma cidade tão cinza? Ou em como alguém se divertiria se ganhasse na loteria?

 

Clima, nível econômico, vida social e até religião formam as chamadas "circunstâncias externas". Ou seja, tudo aquilo que não depende nem faz parte de você, mas que age diretamente na sua maneira de ver e sentir o mundo.

 

Então quer dizer que a felicidade é como a sorte: adquirida? Não, pois o restante da equação contemplaa motivação do indivíduo e tudo o que ele pode fazer para alcançar a sua própria satisfação. Para isso, Seligman, como bom autor de autoajuda, propõe uma série de exercícios: o pensamento positivo, a eliminação dos rancores e até o autoelogio. 

 

Ranking da felicidade

 

Recentemente, a ONU publicou um estudo que lista os países mais felizes do mundo. O Brasil está em 25º lugar. No topo do ranking estão Dinamarca, Noruega, Finlândia e Holanda, enquanto Togo, Benin, Serra Leoa e República Centro-Africana figuram no fim da lista.

 

O que também chama a atenção é o fato de que o abismo social se reproduziu inclusive em termos emocionais. Isso seria um indício de que dinheiro realmente traz felicidade?

 

Para o blogueiro Daniel Duclos, brasileiro que está vivendo na alegre Amsterdã há quatro anos, o material não encerra totalmente a questão. "Viver em um país rico é mais importante do que ser rico", defende.

 

Daniel diz que a Holanda oferece ao cidadão toda a infraestrutura de que ele precisa para viver: saúde pública, leis trabalhistas, baixa corrupção. A partir daí, fica mais fácil conquistar um bom emprego, ter uma família e fazer coisas que dão prazer. "É mais difícil ser feliz se sua vida está ameaçada", conclui o blogueiro.

 

Alcançando a felicidade

 

A terapeuta Denise Passos sente-se incomodada com a chamada fórmula da felicidade. Não por discordar da influência que a genética, o ambiente e a motivação têm no espírito das pessoas. O problema estaria na tentativa de engessar algo que é totalmente volátil.

 

"Felicidade é um processo – inclusive no tempo. Não dá para ser formulável, porque ela não é permanente nem como conceito", afirma Denise. Basta refletir: o que uma mulher contemporânea deseja alcançar não é a mesma coisa que gostaria a mulher nos anos 1960 e, provavelmente, isso será diferente daqui a algumas décadas.

 

Então, por que há tantos especialistas, livros e estudos prometendo a felicidade? Para Denise, essa oferta é apenas uma consequência do tempo em que vivemos: "Debate-se felicidade como se fosse a compra de um produto. A princípio, nossa sociedade nos deixa inseguros e complexados para, depois, fazer uma fórmula e tentar vender o segredo para ser feliz – algo que já é naturalmente nosso".

 

O caminho é você

 

A felicidade pode ser insólita, mas existe, e não só em momentos de pequenos prazeres, como ao comer um chocolate ou receber um beijo de quem você ama.

 

Denise acredita que alcançar a plenitude acontece justamente quando a alegria se torna o caminho, e não o objetivo. Para isso, é necessário lidar com o oposto: a frustração.

 

"Não dá para se livrar do sofrimento, mas é possível gerenciá-lo e caminhar com ele", explica a terapeuta. Ou seja, chegar ao fim do ano sem ter conquistado o objetivo que havia traçado não pode ser motivo para desânimo. Simplesmente compreenda por que não conseguiu realizá-lo, acolha a frustração e, no próximo de ano, comece de novo! 

 

 

 

 

 

Fonte - Portal Vital

 

 

 

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