Não há como negar que os apaixonados são as pessoas mais leves e de bem com a vida.
Homens e mulheres apaixonados passam por mudanças significativas em seus corpos. A ansiedade toma conta, o sono e a fome vão embora. "A pele e os olhos brilham, os lábios ficam maiores, num evidente esforço do organismo para se atrair e conquistar o outro" afirma o psicólogo Leonardo Fraiman. O efeito psicológico da paixão é totalmente visível e inconfundível. Vitalidade, otimismo e esperança também são uma das características daqueles que estão vivendo uma paixão.
Segundo a endocrinologista Thaisa Jonasson, sempre que alguém percebe outro ser humano como romanticamente atraente, o hipotálamo transmite uma mensagem, através de vários produtos químicos, para a hipófise, a qual libera hormônios que são rapidamente liberados na corrente sanguínea. Thaisa revela quais são os hormônios liberados durante a paixão e suas funções no organismo. Confira:
Feniletilamina
Um dos mais simples neurotransmissores, com concentrações aumentadas em cérebros de apaixonados. Pode ser liberado por eventos tão simples quanto um aperto de mão ou troca de olhares. Sua ação é semelhante à das anfetaminas, que têm efeito potencializador no sistema nervoso central.
Noradrenalina
Neurotransmissores que fazem o coração acelerar e prepara para a ação de ver a pessoa amada, como uma reação de "ataque ou fuga". Seus níveis são estimulados pela feniletilamina.
Dopamina
Seus níveis também aumentam na paixão e é responsável pelo aumento do desejo pela pessoa amada. Também é ela que atua nas descargas de emoções para o coração e para as artérias. É o neurotransmissor da alegria e da felicidade, para potencializar a sensação de que o amor é lindo.
Serotonina
Apresenta níveis reduzidos na paixão e é responsável pela "tonalidade" do humor. Sua redução torna os apaixonados mais sensíveis à depressão, mas também mais receptivos a novas sensações, como aquela sentida quando há alguém atraente ao lado. Quando seus níveis reduzem-se, sobem os níveis de dopamina, mudando a forma de pensar e sentir. Há aumento de euforia e excitação.
Endorfina
Em níveis aumentados é o famoso "hormônio da felicidade".
Testosterona
Apesar de ser o hormônio sexual típico do homem, ele está presente nos dois organismos, porém em menor quantidade no feminino. Quando ocorre a paixão, a substância aumenta e a mulher sente mais libido. Nos homens, a testosterona cai, deixando-o menos agressivo.
Sistema ocitocina-vasopressina
É um dos responsáveis pela escolha monogâmica. Esses hormônios são responsáveis pela formação de laços afetivos mais duradouros e intensos, como o de mãe e filho.Estão aumentados na fase inicial, preparando para um relacionamento estável.
A ocitocina é liberada em momentos como abraços e momentos de contatos físicos. É o hormônio que estreita a relação do casal.
Devido à sua capacidade de gerar profundas conexões emocionais, e sua capacidade de combustão de sentimentos, intimidade e desejo sexual, a ocitocina é realmente a coisa mais próxima de uma droga do amor. (Com informações do Bonde)