Significa que no estudo conduzido por Jordan Masters da universidade de Michigan a contaminação por lente de contato gelatinosas atingiu 4% dos participantes.
Um levantamento feito por Queiros Neto com 210 pacientes mostra que no Brasil este índice chega a 20%. Por isso, o médico ressalta que entre brasileiros a lente de contato causa 20 vezes mais ceratite microbiana do que a cirurgia refrativa.
Fatores de risco
É claro que este risco pode ser eliminado. O oftalmologista afirma que no Brasil a maior causa de contaminação com lente é o uso abusivo. Neste grupo estão os que usam lentes vencidas e os que dormem usando lente, hábito que aumenta em até 20 vezes o risco de inflamação e úlcera na córnea. Os processos alérgicos que geralmente estão relacionados à solução higienizadora respondem por 35% das complicações com lentes. Por isso, a recomendação é consultar um oftalmologista para substituir o produto de limpeza quando sentir coceira nos olhos.
Outros 20%, comenta, não fazem a manutenção e armazenamento da lente de forma correta.
Dicas de manutenção
Para manter a saúde da córnea usando lente de contato as dicas do médico são:
● Lavar as mãos antes de manusear as lentes
●Usar solução higienizadora para limpar e enxaguar as lentes e o estojo
● Evitar soro fisiológico e água na limpeza
● Retirar as lentes antes de remover a maquiagem e quando usar spray no cabelo
● Colocar as lentes sempre antes da maquiagem
● Guardar o estojo em ambiente seco e limpo
● Guardar o estojo em ambiente seco e limpo
● Respeitar o prazo de validade
● Nunca dormir com lentes, mesmo as liberadas para uso noturno.
● Interromper o uso a qualquer desconforto ocular e procurar o oftalmologista
● Retirar as lentes durante viagens aéreas por mais de três horas
●Não entre no mar ou piscina usando lente sem óculos de natação.
Tipos de cirurgia
O oftalmologista afirma que a cirurgia refrativa corrige miopia, hipermetropia e o astigmatismo remodelando a córnea o lazer através de diferentes técnicas. No Lazik com um microcerátomo é levantado um flap da camada externa da córnea para ser aplicado o laser que corrige o grau. NO PRK o laser é aplicado após a raspagem de células da camada externa da córnea, o epitélio. Na cirurgia personalizada um equipamento de frente de onda corrige pequenas imperfeições da córnea para depois ser aplicado o lazer que corrigir o vício de refração. No Intralase o corte do flap é feito com um laser de femtosegundo que torna a cirurgia mais precisa. Na correção do grau é aplicado o Excimer laser igual no Lazik. Segundo Queiroz Neto a escolha da técnica é feita pelo cirurgião conforme a espessura da córnea e estilo de vida, incluindo atividade profissional.
Os altos graus, comenta, podem ser eliminados com o implante de uma lente sem retirada do cristalino que corrige até 20 graus de miopia, 10 de hipermetropia e 6 de astigmatismo. Esta técnica, observa, também pode ser indicada para quem tem olho seco, córnea fina ou ceratocone.
O cirurgião ressalta que todos os procedimentos são ambulatoriais e feitos com anestesia tópica. A recuperação é rápida e na maioria dos casos as atividades podem ser retomadas no dia seguinte.
Indicações e contraindicações
O médico destaca que a correção da refração a laser só é indicada para quem tem entre 21 anos e 45 anos. No caso do implante de lente para correção de altos vícios refrativos a espessura da córnea e o olho seco não representam contraindicações, mas nas demais técnicas impedem a cirurgia. O médico destaca que outras contraindicações são: gravidez que torna o grau instável, córnea mais fina que 400 micras, instabilidade de grau, ceratocone, glaucoma, catarata e doenças que dificultem a cicatrização como plaquetopenia, lúpus, diabetes ou AIDS.