Terça, 08 Novembro 2016 23:07

Psicologia tenta explicar o amor que se transforma em vício e obsessão

Há tempos existe a tentativa de desvendar cientificamente o amor e o que faz dele algo tão intenso. 

 

Em um dia, ele pode parecer a solução de todos os seus problemas.

 

No outro, pode devastar sua auto estima, carreira e todos outros aspectos que esse sentimento alcança dentro de alguém. 

 

Neste processo, identifica-se a paixão, que pode virar um caso clínico que requer tratamento e reconhecimento. 

 

A origem latina da palavra "paixão" já é assustadora por si só, já que é uma flexão do verbo "sofrer" na língua original. 

 

Na década de 70, constatou-se que esse sentimento poderia se tratar de uma grave obsessão. Dorothy Tennov, uma estudiosa do tema, dedicou-se à uma pesquisa feita com 500 apaixonados e entendeu que esse sentimento é um sério problema emocional - chamado de "limerence", em inglês. 

 

No entanto, o esforço de Tennov não teve reconhecimento pela comunidade científica naquela época e até hoje, a chamada "paixonite crônica" não é aceita como sendo um distúrbio mental pela neurociência e a psicologia. 

 

Com o passar do tempo, descobriu-se que a paixão atua nos sistemas de recompensa no cérebro, aumentando os níveis de dopamina - o hormônio da euforia - e passa a atuar como se fosse uma droga. 

 

Como todo entorpecente, essa sensação causa dependência e leva o apaixonado à extremos em busca de realizar o desejo de estar próximo à pessoa amada. 

 

Porém, a droga, quando tem seu uso interrompido subitamente, apresenta sintomas de abstinência e o viciado tem severa dificuldade para se recuperar. Com a paixão é a mesma coisa. 

 

Quando existe essa paixão em um relacionamento que, de repente, é terminado, o problema pode começar. É quando o apaixonado se vê desesperado, pois o efeito viciante da paixão não acontecerá mais. 

 

A recuperação também é difícil, e em alguns casos, ajuda médica e psicológica pode ser uma boa saída. A pessoa abandonada sente uma necessidade irresistível de estar perto de sua paixão, desenvolvendo uma perigosa obsessão. O viciado acaba passando 95% do seu tempo diário com os pensamentos sendo ocupados pelo ser amado. 

 

Nesse sentido, o sofrimento de quem desfruta desse vício da paixão e o mecanismo cerebral de recompensa precisam ser combinados para que uma explicação plausível de todo esse processo seja dada, para que assim, os apaixonados possam buscar a ajuda que precisam. (Com Galileu)

 

 

 

Veja também:

  • Vício em café pode provocar refluxo gástrico, diz especialista

    O refluxo gástrico acontece quando o ácido do estômago sobe para o esôfago e irrita o revestimento do órgão.

     

    Isto pode provocar azia, dor de garganta, tosse seca e até dor no peito.

  • 6 sinais de que é paixão, e não amor

    No início da relação a química e a paixão estão a todo vapor e pode ser confuso perceber se a relação é para durar e há amor, ou se não passa mesmo de uma paixão acesa e passageira.

     

    Para ajudar, revelamos os seis sinais que, segundo a ‘casamenteira’ profissional Sarah Louise Ryan revelou à Cosmopolitan britância, são os indicadores de que está vivendo uma paixão e não um amor:

  • Açúcar é "tão viciante quanto cocaína", alerta estudo

    Um estudo publicado no British Journal of Sports Medicines sugere que o açúcar pode ser tão viciante quanto a cocaína.

     

    O que significa que pode provocar ânsias, vontade de comer sem parar e sintomas semelhantes aos que surgem a um toxicodependente em abstinência - como depressão e distúrbios comportamentais. 

Entre para postar comentários