A médica Ivanoska Filgueira mostra quais são os riscos do procedimento e alternativas para quem busca uma silhueta mais fina.
Mas existem operações que prometem grandes resultados, mas que colocam em risco até mesmo a integridade dos órgãos internos dos pacientes. Um deles, é a remoção das costelas para se ter uma cintura mais fina. O procedimento não é aprovado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, mas algumas pessoas não se inibem com a proibição e buscam, mesmo assim, realizam a operação.
A modelo Débora Óliver, que participou do concurso Miss Bumbum em 2015, viajou à Colômbia em busca da operação, orçada em R$ 100 mil. A modelo de 1,55m, à época, afirmou que sabia dos riscos, mas que estava disposta a corrê-los para ganhar a competição.
A cirurgiã plástica explica quais riscos são esses e ainda afirma: o procedimento é resultado de um "desespero" do paciente. "Realizar um procedimento dessa magnitude, por um exagero estético, é um ato desesperado nessa busca desenfreada em seguir um padrão de beleza. Essa cirurgia causa riscos em curto, médio e longo prazos."
Ainda de acordo com ela, os ossos das costelas possuem funções de importância muito além de uma necessidade estética. "As costelas são constituídas para proteger toda a caixa torácica, o que envolve os pulmões, o coração e, no caso das flutuantes, partes do intestino. Ao se retirar parte dessa estrutura, você causa um desequilíbrio no corpo, uma instabilidade no tórax, causando dificuldades na respiração."
Segundo a médica, é necessário que as pacientes saibam os perigos envolvidos nesse tipo de procedimento. "O primeiro problema é que o corpo vai procurar uma forma de compensar a falta. Haverá uma compensação nos músculos respiratórios, que podem causar, a longo prazo, uma imensa dificuldade para respirar. Há o risco de perfurações nos órgãos que as costelas protegem. Com o passar do tempo, o paciente pode ter deformidades no tórax e problemas de postura."
Para a cirurgiã plástica, esse procedimento pode ser substituído por outros mais seguros. "Não acredito que qualquer procedimento que coloque a saúde do paciente em risco seja benéfico. Se o paciente busca uma cintura mais fina, existem diversos outros meios para se atingir o objetivo. Dependendo da estrutura corporal da paciente, pode-se indicar atividades físicas, lipoaspiração, entre outros. Não há motivos para se correr um risco desnecessário."