Orgulhoso pelo sucesso do neto nos estudos, Afrânio contará as proezas do rapaz durante a festa que fará para recebê-lo. “Meu neto Miguel voltô das Europa doutor de agronomia. Na melhor faculdade que esse mundo já viu, e que mundo nenhum vai vê igual! Estudô o que podia e o que não podia nessa vida. Tô mentindo?”, perguntará a Miguel. "Não, vô. Não tá mentindo, não senhor", responderá o filho de Tereza, constrangido.
O coronel continuará a se gabar do sucesso de Miguel na Europa, deixando o neto cada vez mais sem graça. "Pros amigo num dizê que tô contando vantagem, conte a eles quantas propostas você recebeu pra ficá lá pelos estrangêro, Miguel?", ordenará. Todos voltarão o olhar para Miguel à espera de uma resposta. "Ah... Sei lá, vô. Algumas. Nunca contei... Mas mais de cinco, pelo menos", responderá. "Ainda assim ele deu um pé na bunda daqueles fresco tudo e veio pra Grotas, pra aprendê com quem conhece!", emendará Afrânio.
Miguel perceberá nesse momento que a intenção do avô é colocá-lo como seu substituto nos negócios da fazenda. "Se cheguei onde cheguei com essa porcaria de diploma de advogado e sem painho ao meu lado pra me ensiná, os amigo calcule só onde esse menino num chega!", dirá o coronel, que mandará servir cachaça para todos e fará um brinde. "Ao meu neto Miguel: herdeiro disso tudo!", oferecerá ele. "Ao dotôzinho Saruê!", responderão os amigos.
Miguel fará uma careta ao entornar a bebida e Afrânio baterá em seu ombro, com sorriso no rosto. "Você tá chegando minino de tudo nas minhas mãos, Miguel. E eu vô fazê docê um homem! Vô fazê docê um novo Saruê!", afirmará. A cena se encerrará com a expressão de desespero do rapaz. (Com Noticias da Tv)