Entretanto, a probabilidade de traição vinda de homens que ganham menos é ainda maior. Em um ano, 5% das mulheres dependentes dos maridos traem. Entre os homens nesta mesma situação a percentagem é de 15%.
Para a professora, esses números são motivados pela ameaça que a independência feminina representa à masculinidade dos homens. Isso porque, culturalmente, ele é quem deveria sustentar a família.
Assim, o sexo extraconjugal permite aos homens em situação de ameaça um comportamento socialmente associado à masculinidade. Em especial aos ais jovens, que ainda associam a masculinidade à virilidade sexual e à conquista.
A profissional diz que a infidelidade masculina pode ser uma forma de restabelecer a masculinidade. Simultaneamente, enquanto que a traição permite aos homens ameaçados se distanciarem e punirem suas parceiras dominantes.
A relação entre dinheiro e traição
O estudo aponta, ainda, que quanto mais dinheiro as mulheres investem dentro de casa, menos elas tendem a trair seus maridos. Em contrapartida, estudos anteriores mostraram que as mulheres com independência financeira se desviavam da expectativa cultural de que homens são os provedores financeiros.
Como consequência, essas mulheres sofrem com problemas de ansiedade e insônia, apontados por Sociólogos como comportamento de neutralização. Segundo Munsch, esse comportamento é visto como tentativa de minimizar as conquistas que as diferem dos maridos através do aumento no trabalho doméstico, por exemplo.
Em compensação, um estudo baseado em dados de 2001 a 2011 da Pesquisa Nacional Longitudinal da Juventude, que considera mais de 2.750 pessoas casadas entre 18 e 32 anos, quanto mais dinheiro o homem tem, mais ele irá trair. (Com Nateinha/Espelho Meu)