O que é o glúten?
Trata-se de uma proteína natural presente em alimentos como trigo, aveia, malte e produtos derivados, tais como pães e bolos. Retirar esses ingredientes do cardápio supostamente ajudaria na eliminação de peso, pois o glúten provoca fermentação e tem digestão lenta. Além disso, há relatos de redução do volume do abdômen e do inchaço pela retenção de líquidos.
Produtos com glúten também são rico em calorias. Deixando de ingerir pães e massas, o corpo, além de ter menos ingestão calórica, absorveria melhor nutrientes de outros alimentos e teria um metabolismo mais rápido.
Algumas pessoas não têm opção. Elas não podem consumir o glúten nem se quiserem, pois têm um tipo de intolerância, a chamada doença celíaca, que acomete o intestino. Ela ocorre porque o organismo da pessoa não reconhece a proteína e desencadeia uma reação de defesa autoimune.
O resultado disso é a destruição das células do intestino, que são responsáveis por absorver os alimentos. Entre os sintomas comuns da doença celíaca estão diarreia e cansaço, mas nem todos os pacientes apresentam esses sinais. Os indivíduos inclusive podem descobrir o quadro anos depois, em alguma consulta médica de rotina.
Entre pessoas que não tenham a intolerância, é recomendado seguir uma dieta sem glúten por um período curto, de no máximo 15 dias, já que cardápios restritivos podem causar carências nutricionais.
Como fazer uma dieta sem glúten
O cardápio deve ser elaborado por um nutricionista. O café da manhã deve conter pão ou torrada sem glúten, podendo ter queijo branco e azeite, chá-verde, frutas ou suco integral. Como lanche, iogurte zero açúcar e fibras como chia ou quinoa são boas opções.
O almoço e janta vão conter salada de tomate cereja ou pepino e alguma carne, como filé mignon, salmão ou frango. O arroz, deve ser integral e em pequena quantidade.
No lanche da tarde, salada de frutas, ovo cozido ou alface enrolada com presunto e queijo muçarela são uma sugestão.
Aos poucos, o recomendado é ir gradualmente retornando a inserir alimentos com glúten na dieta, mas em quantidades menores para manter a perda de peso e ter um equilíbrio alimentar. Ou seja, deve-se utilizar a ocasião como gancho para uma reeducação, melhorando a qualidade das calorias ingeridas, sem grandes restrições.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) costuma alertar para o fato de dietas restritivas ou da moda. A entidade se posiciona sempre a favor do emagrecimento saudável, baseado em cardápio balanceado e atividade física, com acompanhamento de especialistas.
A SBEM é contra dietas que restrinjam o glúten e a lactose ou foquem no consumo de proteínas. Elas podem acarretar carências de vitaminas e de outros componentes essenciais para a saúde.