Segundo a professora Mary Fagan, da Universidade de Missouri-Columbia, nos Estados Unidos, responsável pela pesquisa, crianças são estimuladas pelo som da própria voz e passam a criar imagens mentais relacionadas a elas. O balbucio tem, portanto, um papel importante em seu desenvolvimento social e cognitivo.
Esse é o primeiro estudo do gênero a descobrir que crianças surdas raramente produzem sons repetitivos até que recebam implantes auditivos. Quando isso acontece, elas passam a emitir sons idênticos aos das crianças com audição normal.
A pesquisadora analisou os sons produzidos por 16 crianças com perda auditiva severa antes e depois que receberam implantes cocleares e os comparou com os resultados obtidos em um grupo controle. Os resultados demonstraram que ouvir a própria voz estimula o desenvolvimento da fala.
O estudo não diminui a importância de os bebês ouvirem a voz dos adultos, mas alerta que não eles são apenas ouvintes passivos, mas estão ativamente engajados em seu processo de desenvolvimento.
A professora afirma que pais de crianças com perda auditiva severa devem saber das vantagens de se colocar esse tipo de implante o mais cedo possível.(Com UOL)