Os pesquisadores, da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, acompanharam 11.000 adultos, com mais de 50 anos, ao longo de dois anos. Os resultados mostraram que indivíduos que encontravam amigos e parentes apenas uma vez por semana tinham 11,5% de chance de ter sintomas de depressão após dois anos. Em compensação, aqueles que encontravam os entes queridos pelo menos três vezes por semana corriam um risco de 6,5%.
De acordo com os autores, a regularidade e frequência do contato virtual, por telefone, e-mail ou redes sociais não afetaram o risco descoberto. "Nós descobrimos que as formas de socialização não são iguais. Ligações ou comunicação digital com amigos e familiares não têm o mesmo poder das interações pessoais para ajudar a afastar o risco de depressão", afirmou Alan Teo, principal autor do estudo.
Apesar do contato pessoal reduzir o risco de depressão independente da idade do participante, os pesquisadores descobriram que pessoas entre 50 e 69 anos se beneficiam mais do contato com amigos, enquanto para aquelas com mais de 70 anos, o contato com crianças e familiares terá maior impacto.
"Outras pesquisas já haviam mostrado que fortes laços sociais fortalecem a saúde mental. Mas esse é o primeiro trabalho que analisa o papel de tipos específicos de comunicação como protetores da depressão", disse Teo.
Embora o estudo tenha sido realizado com pessoas com mais de 50 anos, os autores acreditam que os resultados beneficiam a população em geral. "O contato pessoal pode ser considerado medicina preventiva, assim como tomar vitaminas regularmente", ressaltou o autor, à revista americana Time.(Com Abril)