Depois de quase três anos com acesso bloqueado a áreas de reflorestamento invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no sudoeste paranaense, a Araupel terá estradas liberadas para extrair árvores destinadas à industrialização. A garantia está em termo assinado no último dia 20, em Curitiba por representantes do MST com o governador do Paraná, Beto Richa, e com o diretor de Operações da Araupel, Norton Fabris.
O acordo é resultado de seis meses de negociações intermediadas pela Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Governo do Estado, e foi firmado pelo Ministério Público do Paraná em 9 de fevereiro. Pelo entendimento, a Araupel acessará as florestas de pinus na Fazenda Pinhal Ralo, em Rio Bonito do Iguaçu, pela ponte do Rio das Cobras, que tinha a passagem controlada pelo MST. Integrantes do movimento poderão manter o acampamento no local, sem interferir no deslocamento de veículos e colaboradores da empresa.
No ano passado, funcionários da Araupel sofreram agressões físicas quando estavam na floresta fazendo trabalho de campo. Em março de 2016, membros do MST invadiram o viveiro de plantas da Araupel em Quedas do Iguaçu e destruíram cerca de 1,2 milhão de mudas de pinus. A destruição obrigou a empresa a fechar o setor de silvicultura.
O diretor de Operações da Araupel lembra que a companhia é responsável por 40% da economia da região de Quedas do Iguaçu, gerando mil empregos diretos e mais 3 mil indiretos.
– Queremos garantias para continuar produzindo, gerando emprego e trazendo recursos para o Estado do Paraná – acrescenta Fabris.
Presente na região desde 1972, a Araupel é uma das maiores empresas do país nos setores de reflorestamento e beneficiamento de produtos em madeira. Altamente produtiva, está entre as principais exportadoras de molduras, painéis e componentes para móveis e construção civil.
Por assessoria