Nota:
A Caciopar, Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná, acompanha com preocupação a situação enfrentada principalmente por comerciantes do município de Quedas do Iguaçu, no Oeste do Estado.
A ameaça de ocupação de novas áreas da Araupel, há meses intensificada por famílias ligadas ao MST, traz sérios prejuízos à economia do município. Caso confirmada, a invasão atingiria mais de 50% da economia de Quedas, que já perde investimentos e percebe recuo nas vendas do comércio.
Coordenadoria que representa 48 associações comerciais com mais de onze mil empresas formalizadas, a Caciopar entende que a situação das famílias que pedem por terra para plantar precisa ser considerada pelo governo federal, mas reforça que a solução para esse problema social não pode passar pelo enfraquecimento da produção, de empresas e pelo risco de desempregar muitos pais de família - mil empregos diretos e mil indiretos.
Há outra situação que deve ser considerada pelas autoridades na questão específica da Araupel. Ela já cedeu grande área de terra à reforma agrária (foram 51.290 hectares) e hoje o maior assentamento da América Latina, com 2,7 mil famílias, está em propriedade que até recentemente pertencia ao grupo. A propriedade hoje sob ameaçada é produtiva e, caso isso ocorra, as famílias do Movimento Sem-Terra estarão ferindo um princípio constitucional, que é o do direito à propriedade.
A Caciopar apela para o diálogo e para o bom-senso para a solução desse impasse. Defende que o governo e as famílias busquem, de forma organizada e sem violência, saídas que não afetem a economia de um município inteiro. O Brasil precisa preservar o direito à propriedade, valorizar empresas que produzem e geram impostos e estimular o emprego. Não o contrário.
Caciopar
Por Carlos Lins com Caciopar