Segundo o secretário de esportes, José de Assis (Zezinho), as equipes que não têm adversários em suas modalidades serão diretamente classificadas para a fase regional, que acontecerá de 20 a 26 de abril, ainda sem local definido. Como é o caso da equipe de Basquete Feminino B da Escola Expressão e da equipe de basquete Masculino A e Vôlei Feminino B do Colégio Morski.

A fase municipal em Pinhão contará com a participação de 59 equipes, totalizando cerca de 300 atletas. As disputas de futsal e handebol serão no Ginásio de Esportes Rubens Spengler (Ginasião), voleibol no Ginásio de Esportes Ângelo Brolini (Ginasinho) e de vôlei de praia na Praça Darci Brolini.

Boicote

Professores de Educação Física da rede estadual de ensino, insatisfeitos com a redução das horas/aula, que, segundo eles, representam uma perda de aproximadamente 33% das aulas da disciplina, resolveram como forma de protesto boicotar os Jogos Escolares do Paraná. Em Pinhão quatro colégios não irão participar: Santo Antonio, Procópio, Cornélio e Sebastiana Caldas.

Segundo o professor de educação física, Emerson Boeira da Rocha, o descontentamento da redução da carga horária da disciplina é geral. "Nós, professores de educação física, decidimos não participar dos jogos como forma de protesto. Aqui no Procópio, por exemplo, somos três professores da disciplina e nenhum de nós vai participar", afirmou ele. Emerson disse que os professores deverão explicar aos alunos qual é a situação e o motivo que levou ao boicote, pois os alunos geram expectativas quanto aos jogos e muitos deles ficam ansiosos para participar das competições.

Os professores do Colégio Santo Antônio acataram a decisão da assembleia realizada pela APP (Associação de Pais e Professores) que optou pela não participação dos Jogos Escolares em virtude da diminuição das aulas de Educação Física na matriz curricular sem a devida consulta aos professores da área. "Estamos pensando no coletivo, onde muitos colegas perderam aulas, e, principalmente, por milhares de crianças que não são atletas, mas que ficaram sem uma aula semanal", disse a professora Stela Sendtko Brzezinski.

Ela ressalta que o sedentarismo tem se mostrado o grande vilão dessa geração e uma aula a menos é, sem dúvida, uma grande perda para alunos,pois, por dependerem do transporte escolar, ou mesmo outros fatores, não podem participar de treinamentos ou qualquer outra atividade em contraturno. "Pensar em algumas equipes que por um ano ficarão sem participar dos Jogos Escolares não deve ser visto como uma perda, mas sim como um apelo, para que no futuro nossas condições sejam respeitadas, e que se pense mais na qualidade de vida e saúde de nossos estudantes", finalizou.

Fonte - Jornal fatos