Quinta, 21 Março 2013 11:31

Pinhão - Polícia Militar recebe reforço

Esta semana o município de Pinhão recebeu reforço no efetivo policial.

 

De acordo com o 1º Tenente, Dalton de Oliveira Bitencurt(foto), mais quatro policiais estão atuando na cidade.

 

"No momento estamos com 15 policiais, 10 ficam na sede mais 5 em Faxinal do Céu, que nos darão um suporte caso haja necessidade", disse ele. Esses policiais trabalham em sistema de revezamento.

 

O tenente informou que ações do Pelotão de Choque de Guarapuava serão cada vez mais freqüentes em Pinhão. "Quando houver necessidade, contamos com o apoio da Patrulha Rural e do policiamento de Guarapuava". Segundo ele, a Polícia Militar de Pinhão já iniciou um trabalho nas ruas identificando e abordando agrupamentos nas esquinas. "Jovens e adolescentes têm por habito se agrupar nas esquinas ou em locais próximos a lanchonetes e clubes para consumir bebidas alcoólicas ou drogas. Esse agrupamento geralmente gera algum conflito, seja entre eles ou com outros grupos. Isso é muito comum nos arredores das danceterias, já que os menores são proibidos de entrar, eles permanecem ao redor. Os policiais estão orientados para desmantelar esses grupos e talvez a população estranhe a atitude no inicio, mas o objetivo é o bem comum", disse. 

 

Insegurança 

 

No início deste mês, uma arruaça em frente a uma danceteria causou pavor na comunidade pinhaõense. Três rapazes promoveram um apedrejamento na danceteria, no ônibus da banda que estava se apresentando e em alguns carros que estavam estacionados na rua. 

 

Olivo Deparis, proprietário da danceteria conta que tudo começou após um dos rapazes ter sido colocado para fora do estabelecimento por estar fumando maconha. "O segurança notou que ele estava fumando e me avisou, e então nós dois fomos até o rapaz e pedimos para ele se retirar, gentilmente falamos para ele fumar lá fora e ele aceitou numa boa, mas quando já estávamos na porta, os outros perguntaram o que estava acontecendo e ele disse que não deixamos ele entrar porque ele morava na favela e tal, e aí os três começaram a forçar a entrada. Quando um deles disse - vamos erguer na pedra - só deu tempo de fecharmos a porta", conta. 

 

Olivo disse que a ação durou uns 10 minutos. "Ligamos para a polícia e eles disseram que estavam atendendo outra ocorrência. Até que a PM não demorou, mas quando chegaram os rapazes já haviam ido embora". O proprietário diz que apesar do susto, ninguém ficou ferido. "Saíram comentários que os rapazes haviam batido em mim, nos seguranças, no meu carro. Nada disso ocorreu. No final da noite sofremos um acidente na rotatória do Sicredi quando estávamos levando os funcionários para casa. O prejuízo foi só material mesmo". 

 

Irís Kretschmer, proprietário da Pizzaria Florença, próxima da danceteria, presenciou o ocorrido e conta que ficou tomado pelo medo. "Foram uns 10, 15 minutos daquela confusão, não sabíamos se eles estavam armados, se era briga, o que era. Deu muito medo mesmo, fregueses que estavam do lado de fora correram para dentro e ficamos sem saber o que fazer". Ele desabafa que o sentimento é de insegurança e impotência. "Estamos reféns desses marginais". 

 

Minutos depois do apedrejamento, os policiais receberam um comunicado de um roubo de moto. Feito patrulhamento, os ladrões foram encontrados e reconhecidos pelo dono da danceteria como sendo um dos rapazes envolvidos no apedrejamento. "Eram dois, um menor e o outro já tem processo até por homicídio", comenta Olivo. Segundo ele, Pinhão tem cerca de 15 a 20 encrenqueiros. "São todos conhecidos, são sempre os mesmos, os menores não ficam presos, os de maiores respondem os processos em liberdade. Nossos políticos, deputados estaduais não fazem nada pelo Pinhão, só aparecem aqui falando de segurança pública em época de eleição. A gente fica sem saber o que fazer, é se agarrar com Deus e rezar".

 

 

 

 

 

 

Fonte - Jornal Fatos

 

 

 

 

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