O programa iniciou com apenas cinco grupos de mulheres agricultoras de diferentes localidades do município, hoje já são nove: Água Amarela, São Roque, Faxinal dos Silvérios, Todos os Santos, Guarapuavinha I, Entre Rios, Dois Irmãos, Faxinal dos Ribeiros, Lajeado Feio e há planos para iniciar um grupo na localidade de Arroio Bonito.
O principal objetivo é promover a organização familiar na questão produção agrícola e buscar uma fonte de renda para a mulher e maior igualdade perante o homem. "O programa basicamente busca a autonomia das mulheres agricultoras contra as desigualdades entre homens e mulheres, incentivando trabalhos voltados para a agricultura familiar", disse Luziana Tavares, Assistente Social da Emater.
Nesses três anos já foram oferecidos diversos cursos com aulas práticas e teóricas nos mais diferentes temas como turismo rural, agroecologia, artesanato, panificação, práticas de manipulação de alimentos, fruticultura, entre outras.
Segundo as coordenadoras Claudemara Veiga e Silvana Lucht, já aconteceram cerca de 100 reuniões e mais de 50 cursos diferentes, e que atualmente fazem parte do programa aproximadamente 200 mulheres. "Conseguimos abranger um grande número de mulheres que receberam instruções que antes nem pensavam, além de terem tido acesso a diferentes linhas de crédito", comentou Silvana. "Percebemos que a participação das mulheres em sua comunidade aumentou de forma considerável, além disso, as condições de vida delas ficaram melhores. Isso se deve ao fato de que a renda dessas mulheres teve um aumento", disse Claudemara.
O programa deve continuar este ano. "Queremos trazer mais cursos para as agricultoras rurais do município e agregar outros programas que possam vincular-se ao Gênero e Geração para beneficiar ainda mais as mulheres. Vamos fazer um diagnóstico nos grupos com o intuito de ouvir todas as mulheres e focar os trabalhos em seus interesses específicos, oferecendo atividades com as quais elas queiram trabalhar", acrescentou Luziana.
Segundo as coordenadoras, para os próximos meses o foco do programa será mais voltado para a organização das propriedades visando a agroecologia. "Queremos fazer uma feira na cidade, como já foi feito algumas vezes, mas queremos trazer a participação de um maior número de agricultoras. Mas, para isso, ainda temos que resolver o problema do transporte, contudo, acredito que com o devido investimento será possível fazer esse trabalho", concluiu Claudemara.
Para o presidente da Cresol Pinhão, Luiz Tomacheski, o programa Gênero de Geração surgiu para promover a inclusão das mulheres agricultoras na rede produtiva. "Um dos objetivos era fazer com que o Pronaf Mulher fosse mais acessado e nestes três anos tivemos um retorno bem significativo, o que demonstra que o programa tem dado resultado e que as mulheres estão cada vez mais investindo na propriedade".
Fonte - Jornal Fatos