O slogan da campanha promovida este ano pelo Ministério da Saúde é “Parece inofensivo, mas fumar narguilé é como fumar 100 cigarros”. O evento aconteceu na Praça Antônio Barbosa.
De acordo com a enfermeira Regiele Matozo Fernandes, fumar narguilé é como fumar 100 cigarros.
“Os jovens não tem ideia dos malefícios que o narguilé pode provocar. Porque apesar do cheiro bom e do sabor, a prática pode causar doenças como câncer de boca e de pulmão, hepatite, tuberculose, entre outras. O que parece inofensivo é realmente muito perigoso. Para se ter uma ideia uma sessão de narguilé dura, em média, de 60 a 80 minutos e, durante esse período, a pessoa fica exposta aos mesmos componentes tóxicos presentes na fumaça de uma centena de cigarros – inclusive o tabaco e a nicotina”, seria como se fumasse nesse período cinco maços de cigarro”, enfatizou a enfermeira.
Segundo dados do Ministério da Saúde, os riscos são os mesmos associados ao fumo e incluem as doenças cardiovasculares, respiratórias e alguns tipos de câncer, além de outras patologias por conta da socialização. “Como todos do grupo usam o mesmo cachimbo, há um agravante, pois aumenta a exposição a doenças como herpes, hepatite C e tuberculose”, acrescentou Regiele.
De acordo com a a psicóloga e consultora técnica de Prevenção e Promoção da Saúde da Fundação do Câncer, Cristina Perez a indústria do tabaco sabe que as pessoas entendem que o cigarro faz mal, causa doenças e provoca mortes e tenta diversificar suas vendas para manter o mercado. “As alternativas são, por exemplo, o narguilé e o cigarro eletrônico, mas ambos usam tabaco, contêm nicotina e causam dependência”, disse.
De acordo com o Inca, cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos no país em decorrência de doenças provocadas pelo fumo. O câncer de pulmão é um dos maiores indicadores do impacto do tabagismo sobre a saúde, já que 90% dos casos são registrados entre fumantes ou ex-fumantes. No Brasil, este é o tipo de câncer que mais mata homens e o segundo que mais mata mulheres.
Por assessoria