Sábado, 25 Junho 2016 14:27

Laranjeiras - Com telhado precário, Laranjão é alvo de reclamações dos atletas

Construído em 1984, principal Ginásio de Laranjeiras do Sul nunca teve um troca de cobertura e sofre com as inúmeras goteiras na quadra.

 

No último dia 18, o confronto entre Fase Romancini e Reserva do Iguaçu (Areri) pelo Paranaense Chave Bronze de Futsal, ficou marcado pelo enorme volume de jornais e panos na quadra, devido as goteiras.

 

Com capacidade para 2.348 pessoas, o Ginásio Laranjão, é o principal local de atividades esportivas de Laranjeiras do Sul e um dos mais relevantes da região.

 

Com recursos do governo do Estado, as obras foram iniciadas em 1984 no mandato do ex-prefeito Valmir da Rocha Loures (in memorian). Durante este período, o Laranjão já foi palco de inúmeros momentos marcantes.

 

Entre as principais competições que o Ginásio já recebeu, destacam-se os Jogos Abertos da Cantuquiriguaçu (Jarcan's), Jogos Escolares (Jep's), Jogos Abertos (Jap's) e Jogos da Juventude do Paraná (Jojup's), Campeonato Paranaense de Futsal, Laranjeiras Fight Night, Copa Sudoeste de Basquete, Copa Regional de Vôlei, além de eventos culturais como a Festa das Nações de Laranjeiras do Sul (Fenelar), Laranja da Canção, shows, apresentações, entre outros.

 

No entanto, o local está sendo alvo de reclamações por parte dos atletas que utilizam o espaço. O principal questionamento é em relação as goteiras, que dominam a quadra em dias de chuva.

 

 

O que dizem os atletas

 

Atleta do time de vôlei masculino de Laranjeiras do Sul há cerca de 10 anos, Ricardo Cezar Camargo, declara que as atuais condições do Ginásio são um grande problema para a prática e desenvolvimento do esporte no município.

 

“O que poderia ser uma fábrica de atletas de alto rendimento, não passa de uma estrutura incrédula e nem tanto zelada assim. Tem goteiras por toda parte, vidros em zona de risco, iluminação antiga e precária, quadras alagadas, poucas condições de limpeza e falta de materiais esportivos”, afirmou.

 

No último dia 18, o confronto entre Fase Romancini e Reserva do Iguaçu (Areri) pela oitava rodada do Campeonato Paranaense Chave Bronze de Futsal, ficou marcado pelo enorme volume de jornais e panos na quadra, devido as goteiras.

 

Capitão da Fase, Diego Zocca também lamentou a falta de investimento nessa questão. “Prejudica a todos. Desde os jogadores, que podem se machucar e não conseguem fazer o jogo que normalmente fazem, pois se sentem sem confiança, até o torcedor que vai na expectativa de ver uma boa partida e acaba saindo insatisfeito por causa das goteiras que atrapalham o andamento da partida”, relata.

 

Jogador de Reserva do Iguaçu, Guilherme Oliveira, segue a mesma opinião. “Dificulta muito o jogo, porque as duas equipes ficam inseguras. É uma pena um Ginásio desse porte ter tantas goteiras”, comentou.

 

Um dos principais destaques da Associação de Basquete de Laranjeiras do Sul (Abals), Rodrigo Mello diz que infelizmente está é a realidade de alguns Ginásios da região. “Disputamos a Copa Sudoeste lá e assim como em uma ou outra cidade em que fomos jogar, as condições realmente prejudicam qualquer esporte”, comenta.

 

Ala pivô do time feminino de Basquete do município, Daniele Cruz afirma que em dias de muita chuva, fica impossível treinar no Laranjão. “Molha a quadra inteira e fica muito perigoso. Já presenciei muitos acidentes, até mesmo em dias de jogos”, conta.

 

Jogadora de futsal feminino de Laranjeiras, Ariana Pakuszewski, é outra que disse que o principal medo é em relação as lesões. “É sempre muito complicado treinar com toda aquela água na quadra”, falou.

 

 

O que dizem as autoridades

 

De acordo com o secretário de Esportes de Laranjeiras do Sul, Valmir Viola, a administração municipal está buscando recursos junto ao Ministério do Esporte para que seja feita uma troca completa da cobertura do Laranjão.

 

“É uma questão complicada porque para realizar uma troca total precisaria de um recurso de aproximadamente R$ 1 milhão, o que é difícil de conseguir rapidamente”, declarou Viola, admitindo que as condições atuais realmente prejudicam as atividades esportivas.

 

Ainda segundo o secretário, na última semana a administração municipal realizou uma reparação no telhado do Laranjão para tentar diminuir o número de goteiras. “É uma medida preventiva, que temos consciência de que não irá durar muito tempo. Mas é uma maneira de solucionar o problema momentaneamente”, afirmou.

 

Conforme Viola, depois dos últimos ajustes, houve uma redução de cerca de 80% no número de goteiras no telhado.

 

 

Reformas

 

Desde que iniciaram as obras há mais de 30 anos, o Ginásio passou por inúmeras reformulações. Desde a troca do piso na virada do século até obras de ampliação e segurança.

 

A última reforma realizada no Laranjão foi há três anos. Em fevereiro de 2013, o Ginásio foi parcialmente interditado por determinação do Corpo de Bombeiros, após a tragédia ocorrida na Boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou 242 mortos em um incêndio e despertou a atenção das autoridades sobre a questão da segurança.

 

Diversos locais pelo Brasil tiveram que passar por adaptações, incluindo o Laranjão, que foi reaberto oficialmente em setembro de 2014. Neste período de um ano e meio, o Ginásio recebeu um investimento de R$ 90 mil da administração municipal.

 

Com o valor foram feitas saídas de emergências, colocados corrimões nas arquibancadas, extintores carregados, luzes indicativas, além de serem feitas melhorias na acessibilidade e outras normas de prevenção e combate a incêndios. Porém, nenhuma intervenção foi feita em relação ao telhado.  

 

A secretaria de Esportes informou que ao longo dos mais de 30 anos, nunca foi realizada uma troca na cobertura do Ginásio, apenas que houve algumas reparações.

 

 

 

 

Por Andre Lucas

 

 

 

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