Após uma longa reunião na quarta, dia 25, representantes do governo federal e dos caminhoneiros chegaram a um acordo que pode garantir o fim das paralisações em rodovias por todo o País. Segundo o último boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ainda há 81 interdições em seis Estados, nesta quinta, dia 26. No Paraná que chegou a ter 39 estradas bloqueadas, havia 25 vias interditadas nesta manhã. Porém, municípios como Ponta Grossa, Toleto de Francisco Beltrão já têm vias desobstruídas.
Mas há informações de que as estradas federais começam a ser liberadas nesta manhã de quinta-feira, 26. No entanto, ao meio-dia, de acordo com as informações do PRTV 1ª edição, no interior do Paraná, a Polícia Rodoviária Federal tentava negociar o fim do bloqueio das rodovias estaduais, sem sucesso na maioria delas. Em alguns pontos, os grevistas se exaltaram, mas sem que fosse registrado maiores problemas.
Segundo a Agência Brasil, o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, os representantes da categoria presentes na reunião aceitaram a proposta oferecida pelo governo. No entanto, os caminhoneiros que lutam para manter o movimento são autônomos e que niguém os teria representado na reunião. Por eles, paralisação seguirá por tempo indeterminado.
Pelo acordo, o governo federal prometeu "sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e a criação, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, de uma tabela referencial de frete". Além disso, o governo se comprometeu a não reajustar o preço do diesel pelos próximos seis meses: "Não haverá, é isso o que a Petrobrás nos disse, reajuste do preço do diesel nos próximos seis meses", afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto.
Entretanto, o Comando Nacional do Transporte, entidade que diz também representar os caminhoneiros, postou um vídeo no Facebook em que diz não ter havido acordo. "Vamos continuar mobilizados", disse o organizador do movimento, Ivar Luiz Schmidt, que articula a paralisação por um grupo no Whatsapp. Ele alerta que, a partir de agora, carros também serão bloqueados nas rodovias.