Cinco mandados de prisão foram cumpridos e duas pessoas são consideradas foragidas, segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), da Operação Salvação ocorrida desde a manhã desta quarta, em Guarapuava.
Ao todo, segundo o Gaeco, serão cumpridos sete mandados de prisão temporária, sendo que cinco destes são contra funcionários públicos do município de Guarapuava e dois, contra empresários da região. Além disso, de acordo com o Gaeco, 28 mandados de busca e apreensão também serão cumpridos nas próximas horas. Das pessoas com mandado de prisão decretado, duas delas são consideradas foragidas, segundo informou o Gaeco, através do promotor de justiça Vitor Hugo Honesko, que contou, em entrevista coletiva, nesta quarta, que há quatro meses o Gaeco vinha investigando a possibilidade de fraudes junto a licitações da prefeitura de Guarapuava.
De acordo com ele, as suspeitas começaram quando, através de investigações se constatou houve fraudes em vários processos licitatórios do município. “Houve fraude deliberada em dois procedimentos licitatórios em que agora, o Gaeco está cumprindo mandado de busca e apreensão e vai tentar obter informações detalhadas sobre estas fraudes”, disse o promotor. Segundo o que relatou durante e entrevista coletiva, as fraudes se deram em duas ocasiões, sendo que a primeira trata-se da licitação para a montagem do palco que serviu de base para a encenação da Paixão de Cristo, onde os procedimentos para tal licitação só foram realizados dois meses depois do espetáculo, segundo o promotor, com cartas marcadas de quem seriam os ganhadores.
Outra situação, diz respeito às várias obras de reforma dos prédios públicos do município de Guarapuava, em que, através de interceptações de ligações telefônicas, segundo Vitor Hugo, se comprovou que havia um conluio entre os empresários e os servidores públicos para que estes fossem os ganhadores das licitações, fraudando assim o município e a população. “Foi um processo licitatório de cartas marcadas, um crime, sem sombra de dúvidas”, reforçou Vitor Hugo.
Presos
Os empresários Valmor Garcia e João Acir já foram presos preventivamente, porém os secretários de Educação, Sandra Zanette, que está em Foz do Iguaçu, representando a Prefeitura, e de Obras, Edison Sanches Filho, o “Tuio”, que está nos Estados Unidos em viagem pessoal, e os chefes de setores de licitação e de compras são considerados foragidos.
O vereador Marcio Carneiro foi interrogado pelo Gaeco sob a suspeita de intermediar as negociações entre a Prefeitura e os empresários. (Com informações da Central Cultura e Guará Notícias)
Fonte: Foto: Central Cultura / Cortesia