Em decisão proferida no dia 11 de setembro, a Justiça de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, intimou o delegado Silvan Pereira e outros 10 policiais civis a fornecerem material genético no prazo máximo de 24 horas para confrontar com o sêmen encontrado no corpo da menina. Os exames, solicitados pelo Ministério Público, servirão para descobrir se algum deles está envolvido no crime. As informações foram veiculadas ontem no telejornal Paraná TV, 2ª edição, na Rede Globo (RPC). O caso está nas mãos do quarto delegado, Cristiano Quintas dos Santos, nomeado na semana passada.
O delegado Silvan foi o primeiro a cuidar da investigação do assassinato. Ele e outros 13 policiais são acusados de terem torturado quatro homens que foram presos por suspeita de terem matado a menina. Em depoimento, eles chegaram a confirmar, mas foram soltos por falta de provas e postos no programa de proteção a testemunhas em virtude das denúncias de tortura.
Em entrevista à Rede Paranaense de Comunicação (Rede Globo), o advogado de Silvan, Claudio Dalledone Júnior, informou que o cliente vai se submeter ao exame, mas quer que a análise do DNA seja acompanhada por um perito particular. “Não conhecia a jovem, nunca viu essa menina. Ele tem a confiança integral da família e tem, principalmente, a tranquilidade do inocente”, afirma o advogado, que considera ainda que o Instituto Médico-Legal e o Instituto de Criminalística não são confiáveis neste caso.
Corpo exumado — No dia 28 de agosto, o corpo da adolescente foi exumado para, segundo o MP, esclarecer duas questões – se a garota foi vítima de violência física quando ainda estava viva e se, no corpo dela, não havia indícios de que ela teria sido estuprada. Como o processo corre em segredo de justiça, os promotores não falaram sobre a exumação, que foi acompanhada por dois promotores, dois técnicos do Instituto Médico-Legal (IML) e um médico legista. Porém, o promotor do MP responsável pelo caso, Paulo de Lima, que participou do procedimento, explicou como o exame pode colaborar com as investigações.
Tortura — O MP apresentou denúncia, no dia 1º de agosto, contra 21 suspeitos de tortura contra os quatro homens que haviam sido presos como suspeitos de matar e estuprar Tayná. Dos 21 suspeitos de tortura, 16 são policiais civis, um é policial militar, dois são guardas municipais e dois são presos de confiança. Além da denúncia por prática de tortura, alguns também foram acusados por falso testemunho, lesão corporal de natureza grave e abuso de autoridade e crime de natureza sexual. (Com informações do Bem Paraná)