O abuso foi flagrado por câmeras de monitoramento da Guarda Municipal instaladas na Praça da Bíblia. Ainda segundo os agentes, a índia estava alcoolizada e sem condições de falar. Depois da tentativa de ser ouvida, ela foi encaminhada para um abrigo.

Na manhã de quarta dia 27 a vítima, que não possui documentos e aparenta ter entre 38 e 40 anos, foi ouvida pela responsável pela Delegacia da Mulher, Raisa de Vargas Scariot, com a ajuda de uma intérprete.

“Ela e a colega, que estavam juntas na praça, contaram que ingeriram bebida alcoólica e não se lembravam de nada. E, que quando acordaram, já estavam na casa de passagem”, comentou a delegada.

Ainda segundo a delegada, a indígena foi orientada a permanecer no abrigo de mulheres ao menos até que fossem providenciados os documentos, mas ela preferiu voltar para o local onde outros índios ficam e comercializam cestos de palha. O grupo é da aldeia Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras, na região central.

“Não temos como obrigar ninguém a ficar no abrigo. Orientamos sobre os riscos de permanecer na rua. Mas, a escolha é dela”, explicou Raisa.

Caso o suspeito – que não tem endereço fixo - tenha a prisão preventiva decretada, a delegada tem dez dias para concluir o inquérito. Já, se for solto, o prazo é de 30 dias.

Ele deve responder por estupro de vulnerável pela vítima se tratar de uma indígena.  A pena para este tipo de crime varia de 8 a 15 anos de reclusão.