Em depoimento, ele disse também que após os abusos, jogou água na criança para limpar o sangue, foi para casa, tomou banhou e dormiu.
Após ser apreendido, centenas de pessoas se aglomeraram em frente à delegacia para linchar o adolescente. A polícia foi acionada e o menor foi levado para o município de Piripiri. Durante o confronto, a população quebrou o muro da delegacia e arranchou as grades.
Há informações de que na confusão os presos do distrito foram soltos para que não fossem feridos. Durante a apreensão o menor confessou o crime e disse que sofre de distúrbio mental e que faz tratamento.
"Há alguns dias do crime, ele tentou estuprar uma vizinha e no mesmo dia do estupro do bebê ele tentou invadir uma casa próximo ao trabalho dele, mas foi reconhecido. Em poucos dias, foram duas tentativas de estupro e um fato consumado. Ele contou com detalhes e confessou todo o delito de forma fria, não mostrou arrependimento. Ele disse que só teve medo após a prática do delito, pela gravidade do crime, disse que ficou com medo de que algo pudesse acontecer com ele. Então, foi até a sua residência, pegou uma garrafa de refrigerante, encheu com água, voltou ao local, limpou a criança e a colocou próximo a uma rua onde fica um matagal...retornou pra casa, tomou banho e foi dormir", disse Moraes.
O menor de idade foi apreendido no fim da tarde desta terça dia 09, um dia após prestar depoimento. O delegado explica também que já tinha ouvido a mãe do adolescente que tentou defender o filho. As contradições levaram a Polícia Civil à autoria do crime.
"O histórico do menor e as contradições nos depoimentos dele e da mãe levou com que a gente retornasse na casa dele para conversar novamente com ele. Primeiro, a mãe disse que ele tinha chegado às 22h, mas ele chegou às 2h; Depois, ela disse que ele tinha bebido um copo de bebida, mas o filho havia ingerido 1L de vinho e que ele não tinha histórico relacionados a abuso e ele tinha. Ele não tendo como negar, confessou", disse o gerente de policiamento do interior.
O delegado ressaltou a agilidade na elucidação do caso e repudiou a atitude da população, que ao saber da apreensão do menor, incendiou a delegacia de Pedro II e promoveu um verdadeiro 'quebra-quebra' no prédio.
"Em dois dias o crime foi solucionado e como resposta a população invade nosso ambiente de trabalho, depreda, incendeia a delegacia, carro de agente de polícia foi depredado. Isso nos deixa muito triste. Compreendo muito bem a sensação da população, mas não posso aceitar de forma nenhuma essa forma de reconhecimento: a polícia elucida o fato e é punida", desabafa o delegado. Como parte da delegacia foi destruído, o prédio ficará fechado por alguns dias.
O menor infrator trabalha em uma loja de construções, mas não estuda. O crime foi praticado atrás da casa do adolescente, que também fica próximo à residência onde ocorreu o rapto. Com a repercussão do caso, ele foi trazido para Teresina.
O bebê vítima tem um ano e três meses e permanece internado. Ontem dia 09, a maternidade Dona Evangelina Rosa divulgou boletim médico informando que a criança se recupera bem, está fora de risco de morte e é acompanhada por equipe multidisciplinar. O bebê passou por cirurgia de reconstrução do órgão genital, devido à brutalidade da violência. (Com Portal Cidade Verde)