Disireé estava no ônibus da linha 311 - Santa Rita, quando sentiu que seu vestido estava sendo erguido. No momento, como o ônibus estava lotado, ela achou que poderiam ter enroscado alguma bolsa em seu vestido, mas quando se virou, viu o homem com a calça totalmente aberta e com o pênis para fora.
"Eu empurrei e perguntei o que ele estava fazendo. Ele disse que não estava fazendo nada. As pessoas em volta, mesmo as que estavam vendo, não tiveram reação nenhuma. Quando mencionei chamar a polícia, ele disse que estava armado e que iria dar tiro em todos ali", relata a vítima.
Assim que o ônibus chegou ao terminal central, o homem foi detido por seguranças. Os seguranças privados do terminal o mantiveram rendido até a chegada de equipes da Guarda Municipal, que o levaram para a delegacia. Várias testemunhas foram arroladas pelos guardas.
Relato
Disireé contou à reportagem que no momento da situação, muitas pessoas não tiveram reação. Ela acredita que "as pessoas não sabem como reagir e preferem não se meter." "Nesse caso, apenas algumas mulheres manifestaram apoio. Homem nenhum tentou fazer algo. Acho que a omissão, muitas vezes, leva a situações de tragédia. Mas e se ele realmente estivesse armado?"
Disireé ressalta que a população precisa se unir e denunciar todo e qualquer tipo de violência ou abuso, "porque na situação em que estamos pode acontecer com qualquer um. E se fosse na rua que ele tivesse me abordado? Como seria? Acredito que seria bem pior. E se fez isso em um ônibus lotado, é porque deve estar acostumado."
A vítima relatou que nunca passou por esse tipo de situação. "Na hora me assustei, mas consegui reagir. Mas nós nunca imaginamos que isso possa acontecer conosco. A ficha demora um pouco para cair. Eu senti indignação e impotência em ser mulher naquela hora. Mas recebi apoio dos seguranças, guardas municipais e do delegado. Foi uma relação de muito respeito." (Com Bonde News)