O contador disse à polícia que se sentia incomodado com a presença do morador de rua, que usava a obra dele como abrigo. Um vídeo do atropelamento foi divulgado pela Polícia Civil.
Segundo a polícia, Thiago teve a prisão temporária decretada pela Justiça e também teve a caminhonete, usada no atropelamento, apreendida.
“Ele admitiu que atropelou o morador de rua de propósito. Justificou que procurou órgãos de assistência social [da prefeitura] para retirar o morador dessa obra, porém, afirmou que nada foi feito. Ele disse que queria apenas dar um susto nele e que não tinha a intenção de matar”, declarou ao site G1 o delegado Rafael Scatolon.
No dia 17 de abril, Francisco andava pela Avenida São Paulo, no Bairro Cidade Nova, quando foi atropelado por uma caminhonete. Câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima foi atingida pelo veículo. Nas imagens, é possível ver que a caminhonete faz um movimento para a direita, atropela o morador, quando ele estava de costas, e continua o trajeto, sem parar para prestar socorro.
Conforme as investigações, Francisco morreu um dia após o atropelamento e foi enterrado como indigente no cemitério da cidade, já que os familiares não foram localizados pelos órgãos de assistência social. Ele sofreu traumatismo craniano.
As investigações apontam que Francisco, que apresentava transtorno psiquiátrico, usava o local da obra em construção do contador como local de abrigo para poder dormir. A obra de construção de um escritório de contabilidade e uma residência está avaliada em R$ 2 milhões.
O contador deve ser indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, com meios que dificultaram a defesa da vítima. Thiago será encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Lucas do Rio Verde. A caminhonete dele vai passar por uma perícia técnica. (Com G1)
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