Ele também teria sido espancado. O caso foi registrado na 10ª Subdivisão Policial (SDP) e o inquérito está sendo conduzido pelo 2º Distrito Policial de Londrina. Segundo o delegado-chefe Sebastião Ramos dos Santos Neto, os responsáveis podem ser indiciados pelo crime de tortura.
Gisley contou que deixou o filho na universidade no início da manhã de segunda-feira e, por volta das 11 horas, começou a ligar para o celular do rapaz, mas ele não atendia às ligações. "Ao meio-dia, quando liguei novamente, quem atendeu foi um funcionário do Hospital da Zona Sul, me dizendo que meu filho estava em coma. Fiquei desesperada. Ninguém o acompanhou na ambulância. Ele chegou sozinho ao hospital." Segundo a mãe, além do coma alcoólico, o rapaz também teria apanhado. "Ele não quer mais ir à faculdade. Está traumatizado."
Sebastião Ramos dos Santos Neto disse que há fortes indícios de que o trote teria começado dentro da universidade. "O que ele sofreu foi tortura e ninguém fez nada." O inquérito já foi instaurado no 2º DP e os depoimentos começaram ontem. Os responsáveis poderão responder por lesão corporal, tentativa de homicídio e até tortura, cuja pena é de até oito anos de reclusão.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a Unopar disse repudiar "qualquer ato de violência, opressão ou constrangimento dentro e fora do ambiente acadêmico, que coloque em risco a integridade física e a saúde de seus alunos, docentes e colaboradores" e que orienta a coordenação dos cursos a aderir ao trote solidário. Segundo a instituição, o trote teria ocorrido fora das dependências da instituição. (Com Bonde)