Villa foi solto na tarde desta terça dia 20.

Villa procurou a delegacia nesta última quinta dia 15, para registrar um Boletim de Ocorrência (BO), após ter uma moto roubada.

Porém, quando chegou na delegacia descobriu que tinha um mandado de prisão aberto no nome dele. "Foram seis dias que não acabavam nunca. Parecia que seria um dia, depois foram dois, foram três e fiquei seis dias nessa situação", lamenta o agricultor.

Segundo o advogado de Villa, Nerei Alberti Bernardi, o mandado de prisão é contra um homem que clonou os documentos do agricultor e vem cometendo crimes desde 2012, no município de Campina Grande do Sul, que fica na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Na época, quando a fraude foi descoberta, o advogado provou que o agricultor foi vítima do crime e é inocente. Entretanto, por algum erro, o nome de Villa continuou constando como procurado pela Justiça. "Provavelmente o que ocorreu foi uma falha de comunicação entre a Vara Criminal de Campina Grande do Sul e a 1ª Vara de Execuções Penais e como o mandado de prisão estava em aberto, acabou sendo cumprido", diz.

O delegado, que responde temporariamente pela delegacia de Capitão Leônidas Marques, disse que, após a prisão do agricultor, a Justiça foi comunicada sobre o caso. "O prazo pelo qual ele ficou preso é um prazo burocrático tendo em vista que infelizmente coincidiu com o fim de semana", explica o Ademair Braga Júnior.

Villa está revoltado com a situação pela qual passou. "Vou processar todos. Eu quero danos morais. Há 35 anos que moro em Capitão Leônidas Marques e nunca tive uma vírgula de nada para dizer que agora por erro de juiz, de promotor, estou enrolado", desabafa.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) informou que vai apurar detalhes do caso, antes de se posicionar.(Com G1)