Os detentos decidiram finalizar a rebelião após entregarem uma carta com diversas reivindicações à PM. Eles pedem melhorias na alimentação e no convívio com os agentes penitenciários, esvaziamento de setores superlotados e, principalmente, troca da atual direção da unidade, muito criticada pelos rebelados durante o motim.
Os rebelados anunciaram o fim da ação com acenos para os policiais e profissionais da imprensa. Depois disso, eles desceram dos telhados e se entregaram. Os policiais estão fazendo a contagem dos presos, que já estariam em suas celas.
A rebelião
Onze presos foram feitos reféns durante a rebelião, que teve início por volta das 10h30 de terça-feira (6). Um deles ficou gravemente ferido após ser jogado do telhado da penitenciária na madrugada. Outros dois, que tentaram pular a o muro da unidade, quebraram as pernas e se recuperam bem no Hospital Universitário (HU).
Uma ambulância do Siate foi acionada para atender os presos que foram feitos reféns durante o motim e também estão feridos.
Outros três detentos fugiram do presídio durante o motim. Um foi recapturado e os outros dois, que conseguiram entrar em um matagal nas proximidades da unidade, estão sendo procurados pela polícia.
A rebelião também foi marcada pela intensa depredação da estrutura da PEL 2. Os presos danificaram todos os setores do presídio, e a polícia vai precisar fazer um levantamento dos estragos para definir se algumas alas serão ou não interditadas para reparos e reformas.
Toda a ação dos presos foi acompanhada por familiares e integrantes da Defensoria Pública, Centro de Direitos Humanos (CDH) e OAB.
O Depen ainda não divulgou um balanço da rebelião da PEL 2.
Por Rafael Fantin (Folha de Londrina)