Sexta, 27 Junho 2014 15:52

Em Ubiratã, colega de trabalho confessa que matou Tatiane Jezualdo

Em uma entrevista coletiva bem mais longa e esclarecedora que a primeira os delegados da 16ª SDP de Campo Mourão deram detalhes do inquérito já concluído sobre o caso Tatiane Jezualdo.

 

Após as partes do corpo da jovem terem sido encontradas, o acusado Anderson Oliveira, mudou a versão e assumiu que a assassinou.

 

Disse que deu carona a Tatiane às 7:30 da manhã, e ela o teria ameaçado com uma foto dele com o carro da empresa atolado. Para assustá-la, o suspeito relata que entrou em uma estrada à beira do Rio Piquiri, e dentro do carro gravou imagens da jovem, às 7:59 da manhã.

 

"São imagens dele filmando a Tatiane seminua. Ela perguntava nesse momento se ele iria matar ela, ele alega que não faria isso".

 

O vídeo tem aproximadamente 1min e 30 segundos, depois disso, eles teriam iniciado uma discussão, foi quando Anderson a estrangulou. Ele decidiu jogar o corpo próximo ao Rio Carajás, perto de onde morou boa parte da vida. Anderson esquartejou a jovem com um facão. "Com as roupas dela ele iniciou o fogo e também colocou mato em cima". "Ele cortou ela nas juntas do corpo, serrando ela com a utilização do facão. E comentou que apenas ao retirar a cabeça do tronco que utilizou alguns golpes para retirá-la".

 

A motivação para o crime ainda é um mistério para a polícia. O que Anderson alega já foi praticamente descartado, a tal foto do veículo da empresa. "Tomamos o cuidado para verificar se houve realmente essa motivação, ou seja, a foto do carro da empresa que ele teria encalhado, mas esse veículo foi comunicado o problema pelo próprio autor do crime, Anderson. Então essa suposta fotografia que ele diz que ela teria o ameaçado não existe".

 

A polícia não tem outras motivações e nem afirma se o crime foi premeditado. Entre o momento em que Anderson deu carona e o lançamento do corpo no rio, de acordo com os delegados, se passaram menos de duas horas. Eles acreditam que às 9h10 da manhã, quando uma mensagem de texto chegou para a família de Tatiane enviada pelo celular dela, dizendo que a jovem estava bem e em outra cidade, quem escreveu é o próprio acusado.

 

Anderson seguiu a rotina normalmente após o crime, até ser preso uma semana depois. O facão foi apreendido e está sendo analisado pela Polícia Científica. Familiares, amigos e a namorada dele, prestaram depoimento e afirmaram que em nenhum momento detectaram algo de diferente na personalidade do rapaz. "Nós chegamos a conversar com todos os familiares dele, e todos afirmaram que sempre se mostrou uma pessoa calma, que jamais teria uma ação como essa, matar e esquartejar uma pessoa".

 

O celular de Tatiane foi queimado na própria empresa em que os dois trabalhavam. Ele ainda ficou com um brinco e um colar dela. As partes do corpo da jovem estão passando pelo exame de DNA, da análise também sairá à resposta se Tatiane foi abusada sexualmente por Anderson. Ele não quer falar com a imprensa, mas para a polícia disse estar arrependido. "Não demonstra nenhum tipo de sentimento, realmente a gente fica até assustado pela barbaridade que foi feita, mas cabe agora a perícia verificar ou não as características psicológicas dele".

 

Tatiane Jezualdo desapareceu no dia 3 de junho, o velório e o sepultamento da jovem de 24 anos foram realizados no último sábado dia 21. (Com CATVE)

 

 

 

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