Nesta ação penal a que Lula responde, ele é acusado de aceitar promessa de propina de R$ 12,4 milhões da Odebrecht para compra de imóvel que abrigaria a nova sede do Instituto Lula, na Vila Clementino, zona Sul de São Paulo.
A defesa de Lula pediu mais prazo para ter acesso ao material anexado na semana passada aos autos. Trata-se de quatro memórias de computador com informações do sistema "Drousys", que os funcionários da Odebrecht usavam para se comunicar sobre a geração de recursos para pagamento de propinas.
Moro, no entanto, disse que "não há base legal" para o pedido da defesa de Lula "de requerer tais provas antecipadamente e, com isso, suspender o processo para aguardar a produção dessas mesmas provas", decidiu o juiz. No despacho, Moro afirmou ainda que o acordo de leniência da empreiteira já está disponível no Sistema da Justiça Federal do Paraná.
Com relação aos documentos que foram incluídos ao processo com base nos sistemas eletrônicos My Web Day e Drousys, o magistrado destaca que todos os questionamentos referentes às provas poderão ser formulados pelos acusados durante os interrogatórios.
Nesta segunda dia 04, estão previstos os interrogatórios do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, do empresário Demerval Gusmão e do ex-funcionário da empreiteira, Paulo Baqueiro. Na quarta dia 06, será a vez do ex-ministro Antonio Palocci, do advogado Roberto Teixeira e do engenheiro Glaucos da Costa Marques.
O ex-presidente Lula deve vir a Curitiba na próxima quarta dia 13. Para a mesma data e horário, às 14h, também está marcado o interrogatório de Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci. (Com Bem Paraná)