Andreia Aparecida dos Santos contou a OBemdito que há cerca de quatro anos seu filho tem apresentado dificuldades na escola. “Já levei no médico, já tomou remédio, mas não adiantou. Ele reprovou dois anos e a irmã, de 12 anos, já o alcançou e estuda na mesma classe”, conta.
A mãe diz que frequentemente recebe informações da direção da escola relatando o mau comportamento do adolescente. “Ele fala palavrões em sala de aula, já ofendeu professores e está interferindo no rendimento da irmã”, explica Andreia.
Ela disse ainda que já acionou o Conselho Tutelar, a Guarda Municipal e a Patrulha Escolar, que frequentemente está na escola. Porém, descobrir que o filho estava matando aula na manhã desta quinta a motivou a tomar uma atitude mais enfática. “Trouxe ele aqui e pedi pra polícia ter uma conversa. Sei que este não é o papel da polícia, mas eles têm autoridade. Como mãe eu tenho obrigação de orientar meu filho para ele ter um futuro melhor. Não quero ver meu filho atrás das grades daqui alguns anos”, desabafa.
Andreia conta que em casa o comportamento do adolescente é diferente. “Eu e meu marido trabalhamos fora e temos três filhos [um de dois anos, além dos adolescentes]. Então nos revezamos para cuidar muito bem deles e cada um têm suas tarefas, ajudando a cuidar da casa. Ele é um menino bom e por isso eu espero que esta atitude que tomei hoje sirva para ele ter um futuro melhor”, afirma.
Apoio policial
Os policiais conversaram com o garoto, repassaram orientações e se comprometeram a passar pela casa da família daqui alguns dias para ver se as atitudes do menino mudaram.
O 2º Tenente Rocha destaca que, apesar desta não ser uma obrigação direta dos policiais, a Polícia Militar sempre está disponível para ajudar a comunidade.
“Esta mãe viu o problema começando e temendo que o filho siga para o caminho da criminalidade nos procurou. Muitas vezes a situação começa em uma simples atitude de matar aula. Neste momento eles se envolvem com outras pessoas, em muitos casos passam a usar drogas, alguns acabam perdendo a vida ainda muito novos por se envolverem em crimes, tráfico. Então esta mãe preocupada teve uma atitude de evitar este tipo de situação”, explica o policial. (Com O Bemdito)