Até o final do primeiro semestre deste ano o total de imóveis leiloados chegou a 925, superando, de forma expressiva, as 307 propriedades leiloadas em todo o ano de 2013, e as 505 em 2014. Para o presidente da ANM/PR, Luiz Alberto Copetti, a expectativa é que com a média mensal registrada o número de imóveis leiloados seja o maior apurado desde que a instituição começou a realizar o acompanhamento do indicador.
“Em 2015, no ano todo, tivemos 1.395 propriedades levadas a leilão, com uma média aproximada de 116 ao mês. Hoje estamos com 154 imóveis ao mês, o que representa crescimento de quase 33%”, afirma.
Segundo a ANM/PR, que auxilia e representa os mutuários em ações judiciais, a crise econômica, que trouxe a alta da inflação e o aumento da taxa de juros, tem sido as principais causas para o número expressivo de mutuários que não conseguem pagar suas parcelas.
Copetti, destaca que como consequência da deterioração da economia, o alto índice de desemprego e a perda de renda têm se revelado como os principais fatores que levam à situação de inadimplência.
“É importante alertar que pelas regras do financiamento imobiliário, a partir da terceira parcela atrasada o imóvel já pode ir a leilão. Na maioria das vezes, o mutuário sabe que deve, mas não tem a consciência de que pode perder a propriedade de forma muito rápida”, explica o presidente.