O problema, segundo o superintendente do Iba-ma, Vinícius Carlos Freire, é antigo e nunca foi solucionado. “Esse é um problema que vem se mantendo. Queremos ouvir uma solução técnica para a poluição”, diz.
Em 2012 a PF (Polícia Federal) prendeu sete pessoas, e indiciou 40 funcionários e diretores da Sanepar pela poluição do Rio Iguaçu. Eles foram inocentados na Justiça, mas a empresa ainda pode ser responsabilizada. A PF chegou a chamar a Sanepar de “empresa de fachada”.
“Muitas das notificações que emitimos foram feitas a partir das medições internas deles, ou seja, a empresa sabe da situação”. diz Vinícius.
Já o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Glauco Requião, exemplifica que no Alto Iguaçu (na área mais perto de Curitiba) a empresa tem licença para despejar 10,433 milhões de quilogramas de D.B.O (Demanda Bioquímica de Oxigênio, o esgoto tratado), por ano, enquanto emite menos que isso — 7,327 milhões.
“Ainda teríamos uma margem para despejar mais, mas o Ibama fala que em apenas um dia ultrapassou o limite (diário). Nesse dia pode ter chovido demais”, diz.
Ele ainda diz que, no Alto Iguaçu a Sanepar já reduziu em 15% os despejos nos últimos anos. “Nós somos a favor de reduzir os parâmetros e melhorar ainda mais. Mas queremos que os processos sejam resolvidos pelo diálogo”.
O superintendente garante que o Ibama sempre esteve aberto para a negociação, mas que a Sanepar nunca apresentou uma pro-posta técnica sobre como vai realizar a melhoria dos índices. (Com Paraná Portal)