Com esse contexto, as autoridades sanitárias veem o período como a melhor época para eliminar possíveis focos do Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya – e tentar minimizar uma situação semelhante ou pior no próximo verão. “Não podemos permitir que a população relaxe nesta época do ano. Precisamos nos manter mobilizados para que focos, ovos e larvas continuem a ser eliminados mesmo no inverno. O mosquito não pode ter essa chance”, afirma a bióloga Tatiana Robaina, do Programa Municipal de Controle do Aedes.
Ela acrescenta que outra vantagem do frio contra a disseminação das doenças transmitidas pelo Aedes é o fato de as pessoas estarem mais agasalhadas e com o corpo coberto. “Sem grande exposição da pele e o uso de malhas mais densas, o mosquito tem mais dificuldade para picar e ser contaminado ou transmitir a doença”, afirma. “Mas a Biologia não é uma ciência exata, como mãos, tornozelos e face costumam ficar descobertos, o inseto pode se aproveitar da situação e picar nesses locais”, contrapõe Tatiana.
Além de manter o uso de repelente para afastar o mosquito, as orientações básicas para combater a proliferação do inseto devem ser mantidas todo o ano. Manter a caixa d’água tampada, limpar o pote de água do cachorro, monitorar plantas e eliminar possíveis depósitos de água estão entre os cuidados semanais.
Boletim
O último informe de monitoramento da dengue, zika e chikungunya em Curitiba, divulgado nesta quinta-feira (28), traz 451 casos confirmados de dengue (433 importados e 18 autóctones), dois óbitos por dengue (casos importados da doença), 38 episódios de zika (30 importados e oito autóctones) e 12 casos de chikungunya (todos importados). Neste ano, foram identificados 265 focos de Aedes aegypti no município. (Com Bem Paraná)