“Antigamente tinhamos uma assistente social que conversava muito com as mulheres que vinham aqui, chamava os agressores para ver o que estava acontecendo. Ela acabou ficando famosa e começaram a vir muitas mulheres que não queriam registrar um BO, mas apenas conversar. E quem vinha era justamente as mulheres de classe social mais alta, que não queriam o escândalo do boletim de ocorrencia, que outros ficassem sabendo”, aponta a delegada.
“Além disso, sabemos que as mulheres com melhores condições tem advogado, psicólogo, psiquiatra. Já as mais pobres tem menos acesso a isso e a porta delas acaba sendo a delegacia. Então elas vem aqui saber da guarda dos filhos, como vai ser o divórcio, como vai ficar a pensão. Então ela registra o BO, mas queria mesmo medidas referentes à Vara de Família, medidas cíveis”, explica. (Com Bem Paraná)