A denúncia da existência de fantasmas no Cisop, além de requentada, pois já foi investigada em 2013 pelo Gaeco, serve para transferir a responsabilidade e confundir a opinião pública sobre o verdadeiro problema enfrentado pela saúde pública de Cascavel e região: a interferência de políticos mal intencionados e interessados apenas no voto de pessoas desesperadas que só tem no SUS a esperança de cura para as suas doenças.
A afirmação é do prefeito de Diamante do Sul e presidente do Cisop, Darci Tirelli, ao tomar conhecimento de pronunciamento feito pelo presidente da Câmara de vereadores de Cascavel, Gugu Bueno. O vereador afirmou que vai coletar assinaturas para a criação de uma CPI para investigar o consórcio e disse que há evidências da existência de fantasmas e de má versação do dinheiro público.
"O Cisop não teme a CPI, apesar de não haver legitimidade para isso, já que o consórcio não é apenas de Cascavel, e sim de 25 municípios da região. O que deveríamos fazer já fizemos: a suspensão do médico envolvido na fraude do fura-fila e seu enquadramento em multa rescisória. Já a Câmara agiu de maneira inversa: inocentou um vereador comprovadamente envolvido em uma irregularidade, no caso Ganso "Sem Limite", que foi flagrado cometendo este ilícito, uma explícita demonstração de corporativismo e de descaso com a lei".
Segundo Tirelli, as contas do Cisop estão à disposição de todos, basta consultar no site do consórcio. “Não há o que esconder. Faremos todo o esforço possível para proporcionar condições de atendimento digno à população dos 25 municípios associados, o que corresponde a um contingente populacional de aproximadamente 600 mil pessoas”, destaca Tirelli.
“Não é fácil, é um desafio diário, especialmente diante da dificuldade de repasses de recursos estaduais e federais. Contudo, o consórcio tem saúde financeira estável, diferente de anos atrás. Antes, era uma instituição atolada em dívidas milionárias, que hoje já não existem mais, fruto do rigor com que tratamos os recursos públicos. Ocorre que há um jogo de interesses inconfessáveis de pessoas que se sentiram prejudicadas com atitudes moralizadoras que adotamos a partir de 2013, e que não se conformam em ter seu modus operandi modificado, muitas vezes com foco apenas na obtenção de dividendos eleitorais. É preciso acabar com a hipocrisia e com o jogo de esconde e vir para o limpo”, diz o presidente do Cisop.