Os professores da UEL estão em greve desde o dia 1° de maio. A paralisação fez com que a universidade suspendesse do calendário acadêmico dos cursos de graduação e pós-graduação e também o vestibular de 2016.
O Governo do Estado enviou à Assembleia Legislativa a proposta de reajuste inicial de 3,45%, referente à inflação de janeiro a maio, o qual será pago em outubro. Pela proposta, outro aumento será concedido em janeiro de 2016.
O índice de reajuste será baseado conforme a inflação de 2015, mais um por cento. A mesma medida será tomada em 2017 e, em 2018, a data-base da categoria voltará para o mês de maio.
A diretora de comunicação do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público da UEL (Sindiprol/Aduel) Silvia Alapanian explica que a proposta foi rejeitada porque os professores entendem que o governo tem dinheiro para realizar o reajuste integral, sem o parcelamento.
“Nós entendemos que o governo precisa mostrar as contas. Essa proposta é ruim, pois rouba a massa salarial por um ano”, diz. “Nós entendemos também que a questão é mais ampla. Precisamos saber como será o repasse dos custeios para as universidades. Como não sabemos a situação financeira do estado, não temos garantias”, acrescenta Silvia.
Uma nova assembleia com os professores será marcada na próxima semana para rediscutir o assunto. “Nesse período vamos à Curitiba para tentar negociar uma nova proposta. Queremos ter certeza que todos os pontos em discussão serão atendidos”, argumenta a diretora de comunicação do Sindiprol/Aduel.
Assembleia servidores
Os servidores técnico-administrativos da UEL decidiram pela continuidade da greve em assembleia realizada na tarde desta quinta, dia 11. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel Sindicato), aproximadamente 480 servidores participaram da reunião e apenas 17 foram contrários a continuidade da paralisação.
O presidente da Assuel Marcelo Seabra explicou que a decisão foi tomada após o sindicato entender que a proposta de reajuste salarial enviada à Assembleia pode não ser aprovada.
"Nós estivemos na Assembleia ontem [quarta-feira] acompanhando a votação da proposta. Como os deputados não entraram em um acordo, inclusive o presidente da Casa Ademar Traiano disse que vai rasgar o projeto se houve inclusão de emendas, não temos segurança que os nossos direitos serão garantidos", explica Seabra.
Os servidores devem se reunir novamente em uma assembleia marcada para a próxima quarta, dia 17. ( Com G1)