Sexta, 12 Junho 2015 09:22

Professores da UEL rejeitam proposta do governo e mantém greve

Professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do Paraná, decidiram, em assembleia realizada nesta quinta, dia 11, pela continuação da greve.

 

Pela maioria dos votos, os docentes rejeitaram a proposta de reajuste salarial do governo do estado. Aproximadamente 380 professores participaram da assembleia.

 

Os professores da UEL estão em greve desde o dia 1° de maio.  A paralisação fez com que a universidade suspendesse do calendário acadêmico dos cursos de graduação e pós-graduação e também o vestibular de 2016.

O Governo do Estado enviou à Assembleia Legislativa a proposta de reajuste inicial de 3,45%, referente à inflação de janeiro a maio, o qual será pago em outubro. Pela proposta, outro aumento será concedido em janeiro de 2016.

O índice de reajuste será baseado conforme a inflação de 2015, mais um por cento. A mesma medida será tomada em 2017 e, em 2018, a data-base da categoria voltará para o mês de maio.

 

A diretora de comunicação do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público da UEL (Sindiprol/Aduel) Silvia Alapanian explica que a proposta foi rejeitada porque os professores entendem que o governo tem dinheiro para realizar o reajuste integral, sem o parcelamento.

 

“Nós entendemos que o governo precisa mostrar as contas. Essa proposta é ruim, pois rouba a massa salarial por um ano”, diz. “Nós entendemos também que a questão é mais ampla. Precisamos saber como será o repasse dos custeios para as universidades. Como não sabemos a situação financeira do estado, não temos garantias”, acrescenta Silvia.

 

Uma nova assembleia com os professores será marcada na próxima semana para rediscutir o assunto. “Nesse período vamos à Curitiba para tentar negociar uma nova proposta. Queremos ter certeza que todos os pontos em discussão serão atendidos”, argumenta a diretora de comunicação do Sindiprol/Aduel.

 

Assembleia servidores

Os servidores técnico-administrativos da UEL decidiram pela continuidade da greve em assembleia realizada na tarde desta quinta, dia 11. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel Sindicato), aproximadamente 480 servidores participaram da reunião e apenas 17 foram contrários a continuidade da paralisação.

 

O presidente da Assuel Marcelo Seabra explicou que a decisão foi tomada após o sindicato entender que a proposta de reajuste salarial enviada à Assembleia pode não ser aprovada.

 

"Nós estivemos na Assembleia ontem [quarta-feira] acompanhando a votação da proposta. Como os deputados não entraram em um acordo, inclusive o presidente da Casa Ademar Traiano disse que vai rasgar o projeto se houve inclusão de emendas, não temos segurança que os nossos direitos serão garantidos", explica Seabra.

 

Os servidores devem se reunir novamente em uma assembleia marcada para a próxima quarta, dia 17. ( Com G1)

 

 

 

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