Em vídeo publicado no Facebook da instituição, o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, criticou a ação policial na tarde de ontem e também convocou os trabalhadores a participarem das manifestações.
“Realizamos hoje o Comando Estadual de Greve, onde fizemos o primeiro balanço das ocorrências dos últimos dias, principalmente da batalha campal, da guerra promovida pelo governador e a polícia. Foi uma afronta que não se viu nem no período da ditadura civil-militar”, criticou Leão. “Diante disso criamos um calendário. Neste 1º de maio, a partir das 9 horas, concentração de todos na Praça 19 de Dezembro (do Homem Nu, perto do Shopping Mueller), onde faremos uma caminhada até a Praça Nossa Senhora do Salete, local do confronto de quarta-feira. Na terça-feira (5 de maio), haverá um grande ato em Curitiba a partir das 9 horas e no mesmo dia a APP está convocando a Assembleia Geral para decidir os rumos do movimento. Até lá a greve continua”, afirmou.
Além da manifestação organizada pela APP-Sindicato, um outro ato em apoio aos professores está sendo organizado pelas redes sociais. Marcado para acontecer às 16 horas em frente ao Palácio Iguaçu, a manifestação já conta com mais de 5 mil confirmações no Facebook. Na página do evento, os organizadores escrevem:
“Temos que nos posicionar como sociedade contra o atentado a democracia e liberdade de expressão sofrido pelos nossos professores durante esta semana. Dia primeiro de maio é dia do trabalhador, é dia de LUTA! É dia de LUTO. LUTO por um Estado que funcione e que utilize de sua força policial para garantir a segurança da população, não para atentar contra os mestres do nosso estado.”
Quinta-feira
Nesta quinta, dia 30, a Praça Nossa Senhora do Salete foi tomada por cerca de três mil manifestantes, que ao longo do dia passaram pelo local para manifestar apoio aos professores e servidores do Estado que sofreram forte repressão da polícia na quarta, dia 29.
A manifestação começou ainda antes do fim da manhã, com concentração em frente ao prédio do Banco Central. Depois, os manifestantes rumaram para a frente do Palácio Iguaçu, sede do poder Executivo, também no Centro Cívico. Estudantes baixaram a bandeira do Paraná no mastro central da Praça para colocar uma bandeira preta de luto.