Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Eliane Chomatas, a intenção é lembrar que a tuberculose é uma doença grave e que o diagnóstico tardio pode levar à morte. “Não podemos deixar que a tuberculose seja esquecida, por isso temos que reforçar a detecção precoce de casos com o apoio das equipes das unidades de saúde e serviços de emergência. A doença ainda circula no Estado e é responsável por mais de 300 mortes anualmente”, disse.
O Paraná registra em média 2,5 mil casos novos de tuberculose todos os anos. Deste número, 75% das pessoas são curadas após o tratamento, mas este índice ainda está longe do ideal. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que a taxa de cura chegue a no mínimo 85% do total de casos novos registrados.
De acordo com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, ampliar a taxa de cura significa também reduzir o número de mortes causadas pela doença. “O tratamento da tuberculose dura seis meses e, para o paciente ficar curado, não pode ser interrompido. Por isso, é importante que profissionais de saúde e população entendam a gravidade da doença”, explicou. Depois de 15 dias tomando o medicamento corretamente a pessoa infectada não transmite mais a tuberculose.
O diagnóstico da tuberculose é feito por meio de exames (baciloscopia e cultura para BAAR) disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde. Por isso, se a pessoa apresentar tosse por 21 dias ou mais, a orientação é que ela procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa e alerte a equipe sobre o sintoma.
Em grupos específicos, como crianças, idosos, pessoas institucionalizadas, população privada de liberdade, moradores em situação de rua, indígenas e população vivendo com HIV/Aids, a atenção deve ser redobrada. Para este público, 14 dias de tosse já é um sinal de alarme para tuberculose.