"O tempo de um país para se recuperar dependerá da capacidade de financiamento e de implementação dos programas, mas gera, sem dúvidas, uma hipoteca a médio e longo prazo porque depende não só deles, mas do financiamento que recebam", disse Barreto.
O representante do programa das Nações Unidas foi à capital europeia para conseguir apoio ao financiamento dos programas de assistência, após os furacões Irma, Maria e José, que deixaram enormes danos na região caribenha e a necessidade "urgente" de US$ 20 milhões para as operações de ajuda.
Barreto sublinhou que um dos programas, o Programa Alimentar Mundial, é financiado voluntariamente pelos países e que a UE é um dos principais doadores. Ele ressaltou que "é importante conversar sobre o que está ocorrendo porque milhões de pessoas ainda requerem apoio".
O diretor-geral demonstrou preocupação diante da onda "incomum" de furacões de categoria 5. Segundo ele, a temporada ainda não acabou e o auge é geralmente no mês de outubro. "Evidentemente o excesso de furacões se deve ao aquecimento das águas e isto tem um vínculo direto com a mudança climática", concluíu.
Barreto mencionou em particular a devastação em Dominica, afetada pelo furacão Maria, de pouco mais de 70 mil habitantes e com uma destruição de 80% de seus edifícios, e um desabastecimento alimentar que requer "ajuda urgente".
O PAM prepara uma operação no país para assistir 25 mil pessoas nos próximos meses. (Com Agência Brasil)