Nas imagens divulgadas, a menina aparece tocando o corpo de Schwartz enquanto ele está deitado de barriga para cima. Outras pessoas também interagiram com o artista. Segundo o MAM, a mulher adulta que aparece no vídeo com a criança manipulando o corpo de Schwartz e a mãe da menina.
A mesma performace foi apresentada em agosto no Goethe-Institut, em Salvador, onde outra criança, segundo registro nas redes, também tocou no artista durante a performance.
Nas redes sociais o clima é de revolta. "Exposição criminosa e que todos ali deviam estar na cadeia", disse um internauta. "Eu devo ser muito conservador. To passando meio mal de ver a criança tocando no homem nu. Pra mim é demais. Dá não. Mundo escroto", escreveu outro.
"Se um homem nu estiver em uma pracinha e for tocado por uma criança, ele irá em cana. Se estiver em uma exposição, será chamado de artista", acrescentou mais um internauta. O ator Alexandre Frota também reagiu: "Essa escória da esquerda me critica por causa de filmes pornô mas cagam na rua, cospem em mulheres, colocam criança para tocar em homem nu", disse.
Em nota, o MAM disse que o evento foi fechado para convidados e que havia informações sobre a nudez do artista na sala. "O trabalho não tem conteúdo erótico ou erotizante e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, sobre a manipulação de objetos articuláveis", diz nota.
Ainda de acordo com o museu, as acusações de inadequação "são descabidas e guardam conexão com a cultura de ódio e intimidação à liberdade de expressão que rapidamente se espalha pelo país e nas redes sociais".
Confira nota na íntegra:
Museu Arte de Moderna de São Paulo informa que a performance ‘La Bête’, que está sendo atacada em páginas no Facebook, foi realizada na abertura da Mostra Panorama da Arte Brasileira, em evento para convidados. A sala estava sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez do artista. O trabalho não tem conteúdo erótico ou erotizante e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, sobre a manipulação de objetos articuláveis. As acusações de inadequação são descabidas e guardam conexão com a cultura de ódio e intimidação à liberdade de expressão que rapidamente se espalha pelo país e nas redes sociais. O material apresentado nas plataformas digitais omite a informação de que a criança que aparece no vídeo estava acompanhada da mãe, que participou brevemente da performance, e que a sala estava ocupada pelos espectadores. As insinuações de pedofilia são resultado de deturpação do contexto e significado da obra. (Com Correio 24 Horas)