"Na posição em que se encontra, não tem como ter caído de uma embarcação ou ter sido levada pelas correntes", afirmou Cibele Sanches, fotógrafa subaquática com nove anos de experiência e uma das primeiras pessoas a registrar imagens da santa, em entrevista ao UOL.

"Ela está presa em uma rocha, o que faz com que a ação das correntes não a derrube. Além disso, o local parece uma gruta, com rochas por todos os lados, e a santa está de pé. Então, alguém tem que ter pensado em fazer isso, porque levou tempo para deixar do jeito que está", revelou ela.

Segundo Cibele, o local onde a imagem foi encontrada é bastante frequentado por mergulhadores da região, o que dificulta uma tentativa de identificação de quem seria o responsável por isso. Encontrar um objeto destes não foi bem visto. Por ela, esta será a última vez que um fato assim acontece, uma vez que pode ser considerado poluição ambiental.

"Este tipo de prática precisa ter autorização da Marinha ou do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) para acontecer. Além disso, a região é uma reserva biológica do Brasil e deve permanecer intocada. Então, se eu pudesse fazer um apelo, diria para que as pessoas não fizessem isso. O ideal seria tirar as coisas do fundo do mar, e não colocar", decretou ela.

Em contato com a reportagem, o ICMBio confirmou que a imagem foi encontrada fora da reserva biológica e que, por este motivo, quem deve dar autorização ou definir uma possível punição é a Marinha: "Caso estivesse dentro da reserva, seria feita uma avaliação para definir quais as medidas a serem tomadas, levando-se em conta o risco que a imagem poderia trazer para as pessoas". (Com UOL)