Quinta, 02 Março 2017 20:40

TSE intima PSDB a explicar doações de empreiteira a Aécio

O ministro Napoleão Maia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que o PSDB se manifeste sobre o depoimento do executivo Otávio Marques de Azevedo.

 

Ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, que disse ter feito doações não declaradas à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014.

 

O magistrado atendeu a uma petição feita pelo PT em dezembro, dentro do processo que julga as prestações de contas da campanha de Aécio Neves.

 

A solicitação do ministro do TSE foi feita depois de Azevedo, que é também um dos delatores na Operação Lava Jato, ter prestado depoimento dentro da ação que julga irregularidades da chapa Dilma-Temer, que é relatada pelo ministro Herman Benjamin.

 

Azevedo deu dois depoimentos a Benjamin, um em setembro e outro em novembro do ano passado.

 

Na segunda oitiva, o executivo afirmou que as doações eleitorais feitas pela Andrade Gutierrez tanto à chapa Dilma-Temer como a Aécio Neves não estavam vinculadas a qualquer contrapartida nem ao pagamento de propina.

 

No entanto, Azevedo retificou o que havia dito anteriormente, afirmando que o valor total das doações da empresa à campanha de Aécio Neves foi de R$ 19 milhões, maior do que os R$ 12,6 milhões que constam no sistema do TSE, o que motivou a petição do PT e a ordem de esclarecimentos feito agora no processo que julga as contas do então candidato tucano.

 

No despacho datado de sexta-feira (24), Napoleão Maia deu o prazo de três dias para o PSDB explicar as declarações de Azevedo, contados a partir da notificação do partido.

 

A investigação de possíveis irregularidades nas contas da campanha de Aécio Neves foi determinada em agosto do ano passado pela ministra Maria Theresa de Assis Moura, então corregedora do TSE, após o PT denunciar aparentes inconsistências nas contas do candidato do PSDB à presidência.

 

À época, o PSDB disse que as alegações do PT eram “desprovidas de qualquer verdade” e que as denúncias tinham “nítido propósito político”. (Com Agência Brasil)

 

 

 

Veja também:

  • TSE avalia criar grupo para monitorar 'fake news'

    O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) discute a formação de um grupo de trabalho destinado a avaliar, durante as eleições de 2018, as chamadas "fake news" (notícias fabricadas e muitas vezes divulgadas sob falsas fachadas de veículos reais) disseminadas na internet, em especial nas redes sociais e aplicativos de mensagem.

     

    A informação foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo"

  • Extinção de zonas eleitorais opõe políticos do Paraná e TSE

    A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de extinguir pelo menos 80 das 206 zonas eleitorais do Paraná está provocando a reação de políticos, preocupados com a possibilidade da medida dificultar o acesso do eleitor aos serviços da Justiça Eleitoral, com o risco de aumento da abstenção nas próximas eleições.

     

    Para tentar reverter o processo, deputados estaduais e federais se uniram ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PR) – também contrário à determinação – para convencer o TSE a mudar de ideia.

  • Impressão de voto vai custar R$ 2,5 bi, diz TSE

    O registro do voto em papel será feito por impressoras acopladas às urnas.

     

    Após digitar os números do candidato, o eleitor poderá conferir em um visor de acrílico o voto impresso, que cairá em uma urna lacrada. Não será possível tocar ou levar para casa o papel, que será eventualmente conferido depois em caso de pedido de recontagem.

Entre para postar comentários