Anvisa proíbe suplementos e energéticos com adição de ozônio

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso de todos os suplementos alimentares e energéticos da empresa OZT Comércio Atacadista Especializado em Produtos Ozonizados. 

Também foi determinada a apreensão dos produtos, que têm adição de ozônio, um tipo de gás que não tem avaliação de segurança para uso como parte de suplementos alimentares e composto líquido pronto para o consumo, como energéticos. 

Atualmente, a autorização para uso de ozônio é apenas como agente de desinfecção no tratamento de água.

Segundo a agência, a empresa divulgou propagandas desses alimentos com indicações terapêuticas e alegações funcionais e de saúde não aprovadas, como a alegação de que o produto "oferece suporte nutricional para o funcionamento saudável do sistema digestivo, hepático, ocular e cardiovascular".  

A Anvisa esclarece que as autorizações para suplementos alimentares estão relacionadas a papéis metabólicos dos nutrientes ou substâncias no organismo, quando consumidos como parte de uma dieta. 

“Nenhuma das alegações aprovadas para alimentos está associada com finalidades medicamentosas ou terapêuticas, que são exclusivas de medicamentos e devem ser comprovadas cientificamente”, explica a agência, em nota. 

No mês passado, a Anvisa já havia proibido a venda e uso de 69 cosméticos capilares à base de ozônio da marca Ozonteck. Segundo a agência, apesar de serem registrados como cosméticos, o fabricante alega que os itens têm atividade farmacológica, o que não é permitido para esse tipo de produto.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Câncer de próstata: atendimento aumenta 32% em homens com até 49 anos

O número de atendimentos entre homens com até 49 anos para tratar câncer de próstata aumentou em 32% no Brasil, entre 2020 e 2024. Foram realizadas 2,5 mil assistências, em 2020, e 3,3 mil em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde.

O câncer de próstata preocupa principalmente homens com 65 anos, porém os mais jovens, com menos de 49 anos, também sofrem com o problema. Entre os atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a maioria dos procedimentos correspondeu a quimioterapia (em torno de 84% a 85%), seguida por cirurgias oncológicas (10% a 12%) e radioterapia (3% a 4%).

Segundo o urologista especializado no cuidado com a saúde sexual e reprodutiva masculina, Rafael Ambar, o aumento no número de tratamentos está relacionado à procura por atendimento e não necessariamente ao crescimento da quantidade de casos. Associado a isso está a ampliação da rede de assistência de saúde pelo país e da conscientização sobre a doença.

“Os homens mais jovens têm se mostrado mais interessados em cuidar da saúde e realizar acompanhamento urológico. Essa mudança de comportamento é influenciada pela facilidade atual do acesso à informação, aumento da expectativa de vida e desejo de um envelhecimento saudável. Também existe um movimento interessante, apesar de discreto, de diminuição do preconceito relacionado às visitas ao urologista. Apesar disso, o trabalho de conscientização ainda continua necessário”, afirmou Ambar.

Quando diagnosticada precocemente, a doença tem 90% de chance de cura. Nas fases iniciais o câncer de próstata é assintomático, mas em estágios mais avançados, a doença pode causar dificuldade e necessidade de urinar muitas vezes ao dia, jato de urina fraco, presença de sangue na urina e ou no sêmen, podendo causar também dores na pelve, quadris e nas costas.

“O surgimento do problema está associado ao envelhecimento do corpo, à predisposição genética, à obesidade e a comportamentos nocivos à saúde como o tabagismo e sedentarismo. O problema é identificado a partir de exame de rastreio da doença (exame de sangue para identificar o Antígeno Prostático Específico (PSA) e o exame de toque retal)”, explicou o urologista.


De acordo com o médico, é necessário que os homens façam o acompanhamento anualmente a partir dos 40 anos, para aqueles com casos do problema na família e, dos 50, para a população geral. O câncer de próstata é segundo câncer mais comum entre os homens, sendo o primeiro o de pele (não-melanoma), segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Ministério da Saúde intensificará mobilização contra dengue no Brasil

O Ministério da Saúde vai promover uma ação de mobilização nacional contra a dengue no próximo sábado (8). O objetivo é conscientizar gestores públicos, profissionais da saúde e a população em geral sobre a importância das medidas recomendadas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da doença.

“A gente age ao longo de todo o ano, mas agora é a oportunidade de voltarmos a chamar a atenção da população para evitarmos qualquer tipo de cenário, de crescimento do número de casos”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao anunciar a realização do Dia D contra a dengue. A iniciativa faz parte da campanha nacional “Não Dê Chance para Dengue, Zika e Chikungunya”, que o ministério lançou nesta segunda-feira (3).

“Agora é hora de organizar a assistência à saúde, reforçar as ações de prevenção e orientação e identificar os pontos estratégicos a atacar nas cidades”, acrescentou o ministro.

De acordo com o ministério, em 2025, foram registrados, até o momento, 1.611.826 casos prováveis de dengue e 1.688 mortes. Ainda segundo a pasta, os resultados são, respectivamente, 75% e 72% inferiores aos do mesmo período de 2024.

Mesmo com a redução dos números, o ministro considera a situação alarmante. Principalmente porque, historicamente, os números de casos de dengue, zika e chikungunya costumam aumentar entre novembro e maio, quando as condições climáticas são mais favoráveis à proliferação do mosquito.

Além disso, outro dado preocupa os técnicos do ministério: o aumento do número de municípios brasileiros em estado de alerta para a dengue. Uma pesquisa realizada em agosto e setembro apontou que ao menos 30% das cidades já se encontravam nesta situação.

“O cenário exige atenção redobrada nos locais em alerta”, comentou o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Fabiano Pimenta, chamando a atenção para a importância da participação da população no enfrentamento ao mosquito.

Segundo Pimenta, mais de 80% das larvas do Aedes aegypti encontradas por agentes de combate a endemias que visitaram imóveis em 3,2 mil municípios estavam em ambientes domiciliares, em locais como vasos de plantas, pratinhos, garrafas usadas, bebedouros, pneus, entulho, lixo, sucata, caixas d´água, cisternas, filtros, barris, calhas, ralos, vasos sanitários sem uso, tanques em obras, piscinas, fontes ornamentais e até mesmo em folhas de bromélias, casas de coco e cavidades de árvores.

Até o momento, as cinco unidades da federação com maior número de casos prováveis de dengue são São Paulo (890 mil), Minas Gerais (159,3 mil), Paraná (107,1 mil), Goiás (96,4 mil) e Rio Grande do Sul (84,7 mil). De acordo com o ministério, o estado de São Paulo também tem o maior número de óbitos: 1.096, ou 64% das 1.688 mortes já confirmadas.

O ministério garante que medidas já estão sendo adotadas para, em conjunto com estados e municípios, preparar a rede de saúde para um eventual aumento do número de casos. Entre elas, o reforço na assistência, com equipes da Força Nacional de Saúde atuando em cidades com alta incidência da doença; instalação de centros de hidratação e a distribuição de insumos e equipamentos, incluindo larvicidas, testes e nebulizadores portáteis.

Vacina do Butantan

Para o ministro Alexandre Padilha, contudo, a maior aposta no enfrentamento à doença é a vacina que está sendo desenvolvida aqui mesmo, no Brasil, pelo Instituto Butantan, e que será produzida, em parceria, por um fabricante chinês. De acordo com o ministro, a expectativa é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o imunizante até o fim deste ano, para que as primeiras doses possam ser aplicadas já em 2026.

“Os estudos finais da Anvisa estão indo muito bem e o calendário que anunciamos em março deste ano vai ser cumprido: teremos o registro da vacina para dengue 100% brasileira até o final deste ano, para que possamos reforçar nosso Programa Nacional de Imunização já no ano que vem”, disse Padilha.

O ministro explicou que, após a aprovação da Anvisa, especialistas do Comitê Técnico do Programa Nacional definirão a melhor estratégia de imunização, incluindo critérios de distribuição. De acordo com ele, a previsão é que a farmacêutica chinesa WuXi Biologics produza e entregue para o Brasil 40 milhões de doses da vacina no próximo ano.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Campanha alerta para riscos da diabetes à visão

Campanha de conscientização do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) alerta para os riscos aumentados que os portadores de diabetes tem de desenvolver a retinoplastia diabética, doença que pode causar a perda parcial ou total de visão.

Segundo o CBO há estudos que indicam que 4 em cada 5 pacientes crônicos tem risco de comprometimento por retinoplastia em algum grau. A doença afeta os vasos sanguíneos da retina, alvo principal nesta campanha. 

Durando todo o mês de novembro, a mobilização promovida pela CBO começa neste sábado (1º), com uma maratona online de conscientização e o início de um calendário de mutirões de atendimentos em diversas regiões do país, voltados ao diagnóstico e ao tratamento precoces. Os mutirões, organizados por município, podem ser pesquisados pelo site da campanha.

O público também poderá acompanhar a programação ao vivo entre hoje e domingo, no canal da CBO no Youtube, e acessar conteúdos complementares no site oficial do 24 Horas pelo Diabetes, que será atualizado ao longo do mês de novembro com vídeos, podcasts e depoimentos em apoio à campanha.

A diabetes é uma das principais doenças crônicas do país, e atinge mais de 16 milhões de pessoas, cerca de 7% de nossa população. Seu acompanhamento pode ser feito nas unidades básicas de saúde, em todo o território nacional, de maneira gratuita. O Sistema Único de Saúde (SUS) também fornece materiais para medição e controle da doença, capaz de complicar a condição de pacientes para diversas outras doenças, como demências e doenças metabólicas.A própria diabetes é uma doença com risco de complicações metabólicas e circulatórias, podendo levar à morte se não for devidamente tratada.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Mulheres do CadÚnico terão acesso mais rápido a absorventes pelo SUS

O governo federal facilitou e agilizou o acesso gratuito a absorventes higiênicos para mulheres inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), que não têm acesso ao item.

A partir desta terça-feira (28), as 44 mil unidades básicas de Saúde (UBS) de todo o país podem emitir a autorização para retirada de absorventes menstruais nas farmácias populares pelas beneficiárias da iniciativa federal.

O produto de higiene íntima é fornecido de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades do Programa Farmácia Popular, por meio do Programa Dignidade Menstrual – Um Ciclo de Respeito.

A medida foi anunciada, em Brasília, pela secretária de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Ana Luiza Caldas, durante o lançamento do Fórum de Mulheres na Saúde.  

“Nós teremos todos os profissionais aptos a emitir a autorização para essas meninas, adolescentes, mulheres, que têm algum tipo de dificuldade de manuseio na saúde digital”, disse a secretária.

Ana Luiza explica que a nova modalidade de acesso à autorização de retirada dos absorventes menstruais pelas UBS se somará ao site e ao aplicativo Meu SUS Digital.

“Nós trazemos mais duas formas de acesso pelos gestores ou pelos profissionais que estão nas unidades. O objetivo é ampliar o acesso a esse insumo que é tão fundamental para saúde das nossas meninas e das nossas mulheres”, declarou Ana Luiza Caldas.

Desde a implementação do programa, em 2024, já foram atendidas mais de 2,5 milhões de pessoas e distribuídos mais de 376 milhões de absorventes menstruais.

Capacitação

Nas unidades básicas de Saúde (UBS) trabalham médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Qualquer profissional que trabalha em um UBS poderá identificar as pessoas elegíveis e gerar a autorização direta nos sistemas internos e-SUS e no e-Gestor APS (Atenção Primária à Saúde) para que as beneficiárias recebam gratuitamente os absorventes, depois, em uma farmácia credenciada.

A secretária adianta que cerca de 1 milhão de trabalhadores e trabalhadoras na Atenção Primária à Saúde serão capacitados sobre como emitir a autorização de retirada dos absorventes nas unidades credenciadas no Farmácia Popular. Os profissionais terão à disposição um curso de ensino à distância (EAD), para estudarem de forma autônoma.

“Primeiro, a gente precisa fazer uma oferta formativa para esses profissionais da rede, para sensibilizar para que eles entendam que não existe receita pronta para o cuidado de nenhuma mulher. Cada uma tem suas particularidades, sua singularidade, e precisamos respeitá-las e traduzi-las em cuidado de qualidade”, explicou.

O governo federal quer, dessa forma, contemplar um número cada vez maior de beneficiárias do Programa Dignidade Menstrual

Adolescentes

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que as adolescentes entre 12 e 16 anos de idade poderão retirar os absorventes sem a necessidade de acompanhamento dos pais ou responsáveis.

“Aquelas mulheres menores de 16 anos, adolescentes que estão no Cadastro Único [CadÚnico], que precisam de acesso ao absorvente, vão poder pegá-lo independente de ter uma autorização do pai, da mãe ou do responsável por ela. Estamos criando uma exceção na Farmácia Popular para que elas possam ter acesso”, disse.

Quem tem direito

O benefício é destinado a pessoas com idade entre 10 e 49 anos, inscritas no CadÚnico e com renda mensal de até R$ 218; estudantes da rede pública de baixa renda (meio salário mínimo por mês) e pessoas em situação de rua.

A solicitante deve ter número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e conta na plataforma de serviços digitais do governo federal, o Gov.Br.

Passo a passo

As pessoas que não têm acesso a absorventes menstruais podem ir presencialmente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e solicitar aos profissionais de saúde a impressão da autorização.

Caso prefira o formato digital, basta acessar o Meu SUS Digital, pelo aplicativo ou no site, e acionar o Programa Dignidade Menstrual, clicando em Emitir Autorização. A pessoa interessada deve fazer o login no site Gov.Br.

A autorização para pegar o material tem validade de 180 dias.

Para a retirada dos absorventes, a beneficiária deve apresentar em uma farmácia credenciada no Programa Farmácia Popular a autorização em formato digital ou impresso. É preciso também apresentar um documento de identificação oficial com foto e que conste o número do CPF da requisitante.

Cada mulher terá direito a 40 unidades de absorventes, para usar durante dois ciclos menstruais, ou seja, a cada período de 56 dias.

Confira as farmácias credenciadas pelo governo federal no Programa Farmácia Popular do Brasil no bairro de sua cidade.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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