A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que afeta milhões de pessoas no mundo – sobretudo em países tropicais como o Brasil.
O vírus pertence à família dos flavivírus e possui quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Cada um deles, segundo o Ministério da Saúde, pode causar desde infecções assintomáticas até quadros graves da doença.
“Os quatro sorotipos são suficientemente distintos para que uma infecção por um deles não ofereça imunidade contra os outros”, destacou o ministério. “Isso significa que uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes.” A pasta alerta que, enquanto a infecção por um sorotipo tem efeito protetor permanente contra ele e efeito protetor temporário contra os outros, infecções consecutivas aumentam o risco de formas mais graves da doença.
Sorotipo 3
O DENV-3 vem sendo detectado recentemente em meio a testes positivos para dengue – sobretudo em São Paulo, Minas Gerais, no Amapá e no Paraná. A ampliação, segundo o ministério, foi registrada sobretudo nas últimas semanas de dezembro. O cenário preocupa autoridades sanitárias, já que o sorotipo não circula de forma predominante no país desde 2008, e grande parte da população está suscetível a ele.
“O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, tem maior potencial de causar formas graves da doença. Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.”
Ainda de acordo com a pasta, a introdução de um novo sorotipo em uma população previamente exposta a outros sorotipos de dengue pode levar a um cenário de “epidemias significativas”. O aumento da incidência de dengue registrado entre 2000 e 2002, por exemplo, foi associado à introdução do DENV-3. Ao longo de 2024, o sorotipo predominante no Brasil foi o 1, identificado em 73,4% das amostras.
Prevenção e cuidados
“Diante da circulação dos quatro sorotipos no país, é fundamental intensificar as medidas de prevenção, especialmente no controle ao mosquito transmissor. Eliminar focos de água parada, utilizar repelentes e instalar telas de proteção são algumas das ações recomendadas”, destaca o ministério.
Outro alerta da pasta diz respeito aos sintomas. “É importante estar atento aos sintomas da dengue e procurar assistência médica imediata em caso de suspeita, especialmente se houver sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos. A vigilância constante e a adoção de medidas preventivas são essenciais para controlar a disseminação da dengue e minimizar os riscos associados aos seus diferentes sorotipos, especialmente o DENV-3.”
Campanha
Com mais de 93 mil casos prováveis de dengue, além de 11 mortes causadas pela doença confirmadas e 104 em investigação apenas nas primeiras semanas de 2025, o ministério intensificou a campanha de conscientização e combate às arboviroses – sobretudo em estados com tendência de aumento de casos não apenas de dengue, mas também de zika e chikungunya.
O foco da campanha está nos sintomas das doenças, incentivando a busca por unidades básicas de saúde (UBS) diante de sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos. A iniciativa, segundo a pasta, é direcionada às seguintes unidades federativas: Acre, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.
O ministério reforça ainda a importância da vacinação contra a dengue como estratégia preventiva, “embora a disponibilidade de doses ainda dependa do fornecimento pelos fabricantes”. Atualmente, o imunizante Qdenga está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) apenas para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos.
Centro de Operações de Emergência
No início do ano, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue). A ideia é coordenar o planejamento e a reposta por meio do diálogo constante com estados, municípios, pesquisadores e instituições científicas, além de outras pastas.
Entre as ações previstas estão se antecipar ao período sazonal da dengue para adequar as redes de saúde; mitigar riscos para evitar casos e óbitos; ampliar medidas preventivas para melhor preparar estados e municípios, além de uma articulação nacional para resposta a eventuais situações classificadas como críticas.
Dados da pasta indicam que, para 2025, há previsão de aumento na incidência de casos de dengue em pelo menos seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Todos eles, segundo o ministério, estão sendo monitorados “ainda mais de perto”.
Reunião
Nesta quarta-feira (22), a ministra Nísia Trindade se reúne com representantes de conselhos, sociedade civil, sindicatos, federações, instituições de saúde, associações e especialistas no intuito de alinhar estratégias e ações de controle da dengue e outras arboviroses. “A reunião é mais uma medida do Ministério da Saúde – por meio do COE Dengue – para articulação conjunta de ações estratégicas e monitoramento do cenário epidemiológico em todo o país”, informou o ministério. Estão previstas as seguintes participações:
* Conselho Federal de Medicina;
* Conselho Federal de Enfermagem;
* Conselho Federal de Farmácia;
* Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional;
* Conselho Federal de Medicina Veterinária;
* Conselho Federal de Psicologia;
* Central Única dos Trabalhadores;
* Central Única das Favelas;
* Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior;
* Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil;
* União Nacional dos Estudantes;
* Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia;
* Instituto Todos Pela Saúde;
* Associação Brasileira de Municípios;
* Associação Nacional dos Prefeitos e Vice-Prefeitos;
* Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos;
* Serviço Social do Comércio;
* Serviço Social da Indústria;
* Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial;
* Federação Nacional de Jornalistas;
* Central Nacional Unimed;
* Central Geral dos Trabalhadores do Brasil;
* União Brasileira dos Estudantes Secundaristas;
* Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica;
* Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica;
* Confederação Nacional de Municípios.
Com mais de 93 mil casos prováveis de dengue, além de 11 mortes confirmadas e 104 em investigação perla doença apenas nas primeiras semanas de 2025, o Ministério da Saúde intensificou a campanha de conscientização e combate a arboviroses.
O trabalho será intensificado sobretudo em estados com tendência de aumento de casos não apenas de dengue, mas também de Zika e chikungunya.
O foco da campanha está nos sintomas das doenças, incentivando a busca por unidades básicas de saúde (UBS) diante de sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos. A iniciativa, segundo a pasta, é direcionada aos seguintes estados: Acre, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e ao Distrito Federal.
A campanha alerta ainda para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e incentiva a população a dedicar 10 minutos por semana para controlar focos de reprodução do vetor. “A campanha é parte de um esforço maior do governo federal para reforçar a vigilância e a prevenção das arboviroses, especialmente no período chuvoso”, destacou o ministério em nota.
No comunicado, o ministério reforçou ainda a importância da vacinação contra a dengue como estratégia preventiva, “embora a disponibilidade de doses ainda dependa do fornecimento pelos fabricantes”. Atualmente, o imunizante Qdenga está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) apenas para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos.
Centro de Operações de Emergência
No início do ano, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue). A ideia é coordenar o planejamento e a reposta por meio do diálogo constante com estados, municípios, pesquisadores e instituições científicas, além de outras pastas.
Entre as ações previstas estão se antecipar ao período sazonal da dengue para adequar as redes de saúde; mitigar riscos para evitar casos e óbitos; ampliar medidas preventivas para melhor preparar estados e municípios, além de uma articulação nacional para resposta a eventuais situações classificadas como críticas.
Dados da pasta indicam que, para 2025, há previsão de aumento na incidência de casos de dengue em pelo menos seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Todos eles, segundo o ministério, estão sendo monitorados “ainda mais de perto”.
Reunião
Nesta quarta-feira (22), Nísia se reúne com representantes de conselhos, sociedade civil, sindicatos, federações, instituições de saúde, associações e especialistas no intuito de alinhar estratégias e ações de controle da dengue e outras arboviroses.
“A reunião é mais uma medida do Ministério da Saúde – por meio do COE Dengue – para articulação conjunta de ações estratégicas e monitoramento do cenário epidemiológico em todo o país”, informou o ministério.
Estão previstas as seguintes participações:
- Conselho Federal de Medicina;
- Conselho Federal de Enfermagem;
- Conselho Federal de Farmácia;
- Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional;
- Conselho Federal de Medicina Veterinária;
- Conselho Federal de Psicologia;
- Central Única dos Trabalhadores;
- Central Única das Favelas;
- Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior;
- Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil;
- União Nacional dos Estudantes;
- Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia;
- Instituto Todos Pela Saúde;
- Associação Brasileira de Municípios;
- Associação Nacional dos Prefeitos e Vice-Prefeitos;
- Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos;
- Serviço Social do Comércio;
- Serviço Social da Indústria;
- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial;
- Federação Nacional de Jornalistas;
- Central Nacional Unimed;
- Central Geral dos Trabalhadores do Brasil;
- União Brasileira dos Estudantes Secundaristas;
- Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica;
- Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica;
- Confederação Nacional de Municípios(CNM).
Por - Agência Brasil
O Conselho Federal de Medicina (CFM) recomendou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que o uso do polimetilmetacrilato (PMMA) como substância de preenchimento seja banido e solicitou a imediata suspensão da produção e da comercialização de preenchedores à base do produto no Brasil. O requerimento foi entregue nesta terça-feira (21) durante reunião na sede do órgão regulador.
O documento destaca o posicionamento de entidades como a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica que, em 2024, alertou que a utilização do produto na forma injetável pode causar complicações como infecções, reações inflamatórias, necroses, insuficiência renal aguda e crônica, podendo levar o paciente a óbito. “Trata-se de um produto de difícil remoção e, quase sempre, com sequelas graves e mutiladoras ao paciente”.
Outra entidade citada no requerimento é a Sociedade Brasileira de Dermatologia que, também em 2024, alertou que procedimentos que necessitam da utilização de PMMA devem ser indicados e realizados por médicos, já que podem produzir resultados imprevisíveis e indesejáveis, incluindo reações incuráveis e persistentes – edemas locais, processos inflamatórios e reações alérgicas, além de reações tardias anos depois.
“Diante de todo o exposto e visando à proteção da sociedade, o Conselho Federal de Medicina recomenda que o uso do PMMA como substância de preenchimento seja proscrito e requer à Agência Nacional de Vigilância Sanitária a imediata suspensão da produção e comercialização de preenchedores à base de polimetilmetacrilato (PMMA) no Brasil.”
Entenda
O PMMA é um componente plástico com diversos tipos de aplicação, tanto na saúde quanto em setores produtivos, a depender da forma de processamento e desenvolvimento da matéria-prima. Ele pode ser encontrado, por exemplo, em lentes de contato, implantes de esôfago e cimento ortopédico. No campo estético, o PMMA é usado para preenchimento cutâneo, em forma semelhante a um gel.
Relatos de complicações relacionadas ao uso do componente em procedimentos estéticos se tornaram mais frequentes no Brasil. Em 2020, uma influenciadora digital perdeu parte da boca e do queixo após fazer preenchimento labial com PMMA. No ano passado, outra influenciadora morreu após se submeter a um procedimento estético para aumentar os glúteos.
Anvisa
Atualmente, o PMMA é autorizado pela Anvisa para tratamento reparador em casos de correção volumétrica facial e corporal, uma forma de tratar alterações de volume provocadas por sequelas de doenças como a poliomielite (paralisia infantil), e para correção de lipodistrofia, alteração no organismo que leva à concentração de gordura em algumas partes do corpo, provocada pelo uso de medicamentos antirretrovirais em pacientes com HIV/aids.
A aplicação do PMMA, segundo a Anvisa, deve ser feita por profissional médico ou odontólogo habilitado. “O profissional é o responsável por determinar a quantidade necessária para cada paciente, de acordo com a correção a ser realizada e as orientações técnicas de uso do produto. O PMMA não é indicado em procedimentos com fins estéticos, sendo aprovado pela Anvisa para fins corretivos”.
Estética
Levantamento do CFM divulgado em setembro revela que, dos 3.532 cursos de estética cadastrados no Sistema de Regulação do Ensino Superior (e-MEC) do Ministério da Educação, 98% não exigem dos participantes formação em medicina – ainda que boa parte das aulas se proponha a ensinar técnicas invasivas e de risco, como a aplicação de fenol e de PMMA.
Os dados mostram ainda que os cursos de estética oferecem mais de 1,4 milhão de vagas – 81% delas vinculadas ao ensino à distância. “A proliferação de cursos de estética para não médicos e a prática frequente do crime de exercício ilegal da medicina motivaram a aprovação de um pacto em favor da segurança do paciente e em defesa do ato médico”, informou o CFM, à época.
O documento traz compromissos firmados por representantes dos Três Poderes, do Ministério Público e de entidades médicas, além de órgãos de defesa do consumidor. A proposta, segundo a entidade, é evitar o que ela se refere como “invasão de competências exclusivas do médico”. No comunicado, o conselho cita ainda “um quadro de descontrole e de desrespeito” à chamada Lei do Ato Médico e cobra a adoção de medidas urgentes para assegurar a obediência ao que está previsto na legislação brasileira.
Por -Agência Brasil
O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), ressalta a importância das atividades físicas para prevenção e controle de câncer em comunicado divulgado na última semana.
Alinhado à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), o instituto destaca que os exercícios físicos são benéficos tanto para a saúde mental quanto coletiva, além de contribuírem para o bem-estar, a qualidade de vida, a socialização, a ampliação de autonomia e a participação social.
A prática regular de exercícios, segundo recomenda o Inca, pode levar à redução do risco de diversos tipos de câncer, como os de mama, próstata, endométrio, cólon e reto.
O estímulo à atividade física, no entanto, não deve partir apenas dos pacientes.
Para o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Fábio Carvalho, a inovação da divulgação é justamente enfatizar o que a literatura científica traz em relação ao potencial da atividade física para a saúde em geral, não só relacionada ao câncer. Com a divulgação, o documento ajuda a desmistificar o senso comum de que o repouso é a melhor estratégia para pacientes oncológicos.
“O que o posicionamento está destacando também é que existem políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem atividades físicas para a população brasileira”, observa. “Além disso, nas unidades de saúde, outros profissionais, como fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros, podem aconselhar sobre o tema e apoiar as pessoas a adaptarem a atividade física à sua realidade, de acordo com o local onde moram e o ritmo de trabalho que possuem”.
Números
No Brasil, conforme dados do MS com base nos Registros de Câncer e no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS), houve 71.730 casos novos de câncer de próstata, 21.970 de cólon e reto e 18.020 de traqueia, brônquios e pulmões em homens em 2023. Entre as mulheres, foram 73.610 casos novos de câncer de mama, 23.660 de cólon e reto e 17.010 de colo do útero no mesmo período.
Os dados do ministério mostram ainda a quantidade de óbitos por localização primária do tumor em 2021. Em homens, o câncer de próstata registrou 16.300 mortes, o de traqueia, brônquios e pulmões, 15.987, e o de cólon e reto 10.662 . A situação se mantém semelhante entre as mulheres, com 18.139 mortes por conta do câncer de mama, 12.977 por câncer de traqueia, brônquios e pulmões e 10.598 por câncer de cólon e reto.
“Especificamente para as pessoas em tratamento de câncer, a atividade física tem potencial tanto de reduzir a mortalidade específica por alguns tipos de câncer, como também de contribuir no controle dos sintomas, como, por exemplo, a fadiga oncológica, sintoma comum para quem está em tratamento”, pontua Carvalho.
Segundo o coordenador, manter o corpo em movimento melhora igualmente a qualidade de sono e o estado psicossocial — conjunto de necessidades sociais, emocionais e de saúde mental — dos pacientes. “De forma geral, a atividade física contribui tanto na prevenção, para evitar que um caso de câncer surja, quanto para ajudar quem está em tratamento ou após ele”, acrescenta. No estudo Estimativa 2023 - Incidência de Câncer no Brasil, o Inca alertava para o surgimento de 704 mil casos novos de câncer no país por ano até 2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência da doença.
Adaptações
No posicionamento divulgado no início deste ano, o Inca enfatiza que a atividade física, quando adaptada às condições específicas de cada indivíduo, é segura e eficaz para pacientes em diferentes estágios de tratamento. “É absolutamente relevante que a equipe de saúde que já acompanha o caso esteja ciente de que a pessoa vai fazer atividade física, preferencialmente com acompanhamento de um profissional de educação física ou de um fisioterapeuta”, enfatiza Carvalho.
Para os pacientes mais vulneráveis economicamente, que não têm a possibilidade de serem acompanhados por equipes especializadas, o coordenador indica que simples ações no dia a dia podem ajudar.
“Se a pessoa não tiver acesso a esse profissional, ela pode ter opções fisicamente mais ativas no dia a dia. Por exemplo, caminhar um pouco mais, trocar o carro em trechos pequenos, como para ir à padaria ou ao mercado perto de casa, por ir andando. Tudo isso vai trazer benefícios”, recomenda Carvalho.
“Se for possível, a partir do estágio de tratamento e do acesso que a pessoa tiver, frequentar uma atividade física sistematizada, como uma academia ou mesmo uma corrida com supervisão, vai ser melhor ainda, mas isso não é condição para ter os benefícios da atividade física. Opções mais fisicamente ativas no dia a dia também ajudam bastante”, defende.
Por - Agência Brasil
A aposentadoria é muitas vezes vista como um período de serenidade, repleto de lazer, hobbies e momentos preciosos com entes queridos. No entanto, essa transição pode trazer desafios, incluindo preocupações financeiras, ajustes na rotina e obstáculos inesperados. A boa notícia é que, com abordagens adequadas, é possível mitigar o estresse e aproveitar ao máximo essa fase emocionante.
Estratégias para Minorar o Estresse na Aposentadoria
Aqui estão cinco sugestões para minimizar o estresse e focar no que realmente importa:
Desenvolva um Planejamento Financeiro Completo
As incertezas em relação às finanças são uma das principais causas de ansiedade na aposentadoria. Elabore um plano financeiro robusto que considere:
Orçamento: Detalhe suas despesas mensais e monitorize seus gastos para garantir que você viva dentro das suas possibilidades.
Fundo de emergência: Mantenha uma reserva para custos imprevistos, como contas médicas ou reparos na casa.
Estratégia de retirada: Criar um plano sustentável para o uso de suas poupanças e investimentos.
Com suas finanças organizadas, será mais fácil desfrutar da aposentadoria sem as incessantes preocupações monetárias.
Permaneça Ativo Fisicamente
Realizar atividades físicas regularmente é uma maneira comprovada de aliviar o estresse. O exercício libera endorfinas, melhora o humor e fortalece a saúde geral - essenciais para uma aposentadoria livre de estresse. Procure integrar atividades que se adaptem ao seu estilo de vida e capacidades, como:
Caminhadas ou trilhas
Yoga ou Pilates
Natação
Treinamento de força
Além dos benefícios físicos, atividades em grupo podem ajudar a criar conexões e manter uma vida social ativa.
Encontre Propósito e Estabeleça uma Rotina
A mudança de uma rotina de trabalho estruturada para um tempo livre desorganizado pode fazer com que aposentados se sintam perdidos. Enfrente isso estabelecendo um senso de propósito e mantendo uma rotina. Considere:
Desenvolver hobbies ou aprender novas habilidades.
Fazer trabalho voluntário em causas que você valorize.
Trabalhar em meio período ou realizar trabalhos freelancers, se desejável.
Planejar atividades diárias, como caminhadas matinais ou leituras à tarde.
Uma rotina significativa oferece estrutura, razões para levantar da cama pela manhã e um sentimento de realização.
Fortaleça Suas Conexões Sociais
A solidão e o isolamento são grandes contribuintes para o estresse na aposentadoria. Manter-se socialmente conectado é vital para o bem-estar emocional e a felicidade. Aqui estão algumas dicas:
Reaproxime-se de velhos amigos ou faça novas amizades em eventos comunitários, clubes ou aulas.
Passe tempo de qualidade com a família, especialmente com os netos.
Use a tecnologia para manter contato com entes queridos que moram longe.
Fortes laços sociais criam uma rede de apoio que ajuda a reduzir o estresse e traz alegria ao seu dia a dia.
Priorize Sua Saúde
A boa saúde é a base de uma aposentadoria tranquila. Além de manter-se fisicamente ativo, priorize outros aspectos da saúde:
Exames regulares: Mantenha-se em dia com os cuidados preventivos e trate problemas de saúde precocemente.
Alimentação equilibrada: Consuma refeições nutritivas para sustentar seus níveis de energia e bem-estar geral.
Saúde mental: Pratique mindfulness, meditação ou técnicas de relaxamento para controlar a ansiedade.
Cuidar do bem-estar físico e mental ajuda a sentir-se mais no controle e preparado para lidar com os desafios da vida.
Desfrutando uma Aposentadoria Livre de Estresse
A aposentadoria não precisa ser sinônimo de estresse. Planejando financeiramente, mantendo-se fisicamente ativo, cultivando conexões sociais e focando na saúde, você poderá tornar a transição mais tranquila e aproveitar ao máximo essa fase gratificante da vida. Aplicando essas estratégias, você estará a caminho de uma aposentadoria mais feliz, saudável e plena.
Embora ainda não seja possível evitar rugas ou cabelos brancos, podemos adiar o declínio cognitivo que acompanha o envelhecimento. O cérebro é o órgão mais importante do corpo, controlando tudo, desde o movimento dos intestinos até os batimentos do coração. Além disso, é no cérebro que os pensamentos, nossa ferramenta principal para lidar com o mundo, se formam.
Assim como o corpo, o cérebro pode envelhecer bem ou mal, dependendo da genética e, principalmente, do estilo de vida ao qual fomos expostos. Embora não possamos alterar nossa carga genética, podemos modificar totalmente nosso estilo de vida, que é a soma de cada escolha que fazemos diariamente.
Dessa forma, é essencial substituir pelo menos um comportamento não saudável por um saudável e, gradualmente, adicionar mais pequenas mudanças. Se o estilo de vida tem um impacto tão significativo no envelhecimento do nosso cérebro, o que podemos fazer?
Mantenha-se ativo Praticar atividades físicas e fazer pausas ativas durante o dia são recomendações cruciais. Estudos mostram que exercícios aeróbicos melhoram a eficiência e desempenho do cérebro. A musculação é igualmente importante, ajudando a preservar a cognição.
Desafie seu cérebro O cérebro precisa ser constantemente desafiado, saindo de sua zona de conforto. Aprender novas habilidades, jogar xadrez, sudoku ou palavras cruzadas (as difíceis), e ler materiais variados são excelentes formas de mantê-lo ativo.
Adote uma dieta saudável Nutrientes presentes em uma dieta saudável, especialmente a Mediterrânea, estão associados a cérebros mais saudáveis. Essa dieta, rica em ácidos graxos e vitamina E, baseada em peixes gordurosos, azeite, grãos, frutas e vegetais frescos, pode desacelerar o envelhecimento cerebral.
Mantenha-se socialmente engajado A interação social é crucial para retardar o envelhecimento do cérebro. Um estudo publicado na revista "The Lancet Longevity" mostrou que pessoas que vivem com outras ou estão em relações estáveis têm um declínio cognitivo reduzido em comparação às que vivem sozinhas. Viver com um parceiro ou parceiro (mesmo que seja um conhecido) facilita o envolvimento em mais atividades, mantendo o cérebro ativo. Conversar com alguém desafia nossa memória e habilidades de linguagem. Muitas pessoas idosas ao redor do mundo estão criando comunidades de amigos para passarem o tempo juntas - uma ideia bastante interessante, não é?