Lei oficializa a suspensão do pagamento da dívida com a União

O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta quinta dia 17, a lei que formaliza a suspensão temporária dos pagamentos da dívida com a União referentes à Lei N° 9.496/97, por conta da pandemia de Covid-19.

 

Na prática, os pagamentos das parcelas já foram suspensos a partir de março, inicialmente por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e, depois, pelo disposto na Lei Complementar 173, sancionada em maio pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e que estabeleceu o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19). A suspensão vai até este mês de dezembro.

 

No total, o Paraná deixou de pagar este ano R$ 532 milhões (R$ 52 milhões por mês).  Os valores não pagos pelos governos locais serão atualizados e incorporados ao saldo devedor da dívida em 2022. Enquanto isso, os recursos estão sendo disponibilizados para pagamentos de leitos hospitalares, aquisição de insumos e equipamentos e auxílio aos municípios.

 

A dívida com a União é a maior do Estado do Paraná, atualmente em R$ 11 bilhões, originária do extinto banco Banestado com a União.

 

CAPACIDADE – Em 2020 o Tesouro Nacional manteve o Paraná com nota “B” na análise da capacidade de pagamento (Capag), numa escala de “A” a “D”. Com o selo de bom pagador, o Estado pode continuar a contrair empréstimos com a garantia da União, possibilitando assim a contratação de taxas de juros mais vantajosas no mercado. (Com Agência Brasil)

 

 

 

 

 

Governo realiza obras e investimentos robustos em infraestrutura

As obras e os investimentos na infraestrutura do Governo do Paraná não pararam ao longo de 2020, apesar de todos os reflexos causados pela severa pandemia do Covid-19 que o mundo atravessa. A Secretaria de Infraestrutura e Logística, assim como toda a população, teve que se adaptar às restrições causadas pelo vírus e tomar as precauções sanitárias, sem perder o foco no desenvolvimento do Estado.

 

“O governador Carlos Massa Ratinho Junior liderou com muita determinação o importante avanço na área de infraestrutura do Paraná, com uma sinergia e sintonia com o governo federal. O ano de 2020, apesar de todas as dificuldades, foi marcado por investimentos e grandes obras para o Estado”, avaliou o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

 

O secretário informa que Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) superou a cifra de R$ 3 bilhões em obras por todas as regiões do Paraná. Os portos alcançaram recordes de cargas num ano marcado pela retração econômica, assim como a Ferroeste, que pelo segundo ano seguido fechou com saldo positivo.

 

Sandro Alex ressalta o comprometimento da equipe para realizar os projetos de modernização logística do Estado. “Me sinto extremamente honrado em trabalhar com técnicos tão preparados e gestores eficientes e comprometidos que pensam o Paraná para as próximas décadas”, completou Sandro Alex. 

 

Um exemplo disso, cita o secretário, é a premiação recebida pela administração dos Portos do Paraná como melhor gestão pública do País. O reconhecimento foi feito pelo governo federal, no prêmio “Portos + Brasil”. Apesar dos obstáculos da pandemia, os portos de Paranaguá e Antonina alcançaram em novembro, o recorde de 53,382 milhões de toneladas de cargas movimentadas. O volume é o maior da história.

 

PARCERIA - Uma das grandes conquistas de 2020, na área da Infraestrutura do Paraná, foi o excelente relacionamento com o governo federal. A parceria garantiu aos paranaenses obras de extrema importância como a construção da segunda ponte ligando o Brasil ao Paraguai, dentre outras.

 

“Sem sombra de dúvida, a nova Ponte da Integração entre o Brasil e o Paraguai é o grande destaque desse ano, com quase 50% de conclusão atingida. Essa obra foi o primeiro passo de uma parceria entre o Governo Ratinho Junior, o governo federal e a Itaipu Binacional, que vai resultar em mais de um bilhão de reais investidos em infraestrutura no Estado”, afirmou Sandro Alex.

 

Ele explica que após a confirmação da execução da obra internacional, outros projetos foram viabilizados. “Inclusive já assinamos os convênios para a duplicação da Rodovia das Cataratas e para concluir a pavimentação da Estrada da Boiadeira, com vários outros já em tratativas”, diz.

 

CONVÊNIOS - Ao longo de 2020 foram firmados oito convênios entre a secretaria e a Itaipu Binacional, garantindo investimentos de quase R$ 700 milhões. Com os municípios paranaenses, foram mais de 100 convênios assinados que superam a cifra de R$ 130 milhões. Mais R$ 817 milhões foram garantidos por meio de termos de cooperação da secretaria com os municípios do Paraná.

 

Além disso, se destaca o enorme esforço para garantir investimento na melhoria em toda a malha de rodovias paranaenses. “Herdamos estradas em péssimas condições. Com nossos programas de conservação, com investimento de quase R$ 600 milhões, foi possível realizar obras de melhorias em pontos críticos do pavimento e no entorno das pistas, aumentando a segurança e o conforto para os condutores e passageiros”, explicou o secretário.

 

BID - Além da Itaipu, outra parceria que resultou em grandes obras para os paranaenses foi com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com investimentos superando a cifra de R$ 400 milhões.

 

Em 2020, foram garantidas 12 novas obras para rodovias estaduais: seis obras já estão com contrato assinado e outras seis tiveram suas licitações publicadas e deverão ser realizadas em 2021. Essas obras fazem parte do Programa Estratégico de Infraestrutura e Logística de Transportes do Paraná e são financiadas pelo BID. “Este plano de trabalho do Programa Estratégico levou asfalto pela primeira vez a rodovias do interior do Estado”, comemorou o diretor-geral do DER do Paraná, Fernando Furiatti.

 

O DER superou R$ 825 milhões em licitações de grandes obras ao longo de 2020. Este valor inclui editais de grandes obras e de projetos executivos de engenharia que vão transformar a infraestrutura e logística da malha rodoviária paranaense.

 

São duplicações, ampliações da capacidade, pavimentações e novas obras de arte especiais (trincheiras e viadutos) que começam a sair do papel e passarão a redesenhar a malha rodoviária paranaense nos próximos anos. “É muito importante destacar a conquista do empréstimo de R$ 1,6 bilhão pelo governo Ratinho Junior. O Estado está em obras, e vamos melhorar cada vez mais”, disse Sandro Alex.

 

OBRAS DE LENIÊNCIA - O ano de 2020 também foi marcado pelo início das obras decorrentes de acordos de leniência firmados por empreiteiras com o Ministério Público Federal, tendo a colaboração da Secretaria de Infraestrutura e Logística e a fiscalização do DER. São cerca de R$ 450 milhões em projetos que já estão em andamento. A maior delas é a adequação do Trevo Cataratas, em Cascavel, que teve início em outubro e deve levar dois anos para ser concluída.

 

Estas obras de leniência marcam o fim dos atuais contratos dos pedágios que compõem o atual Anel de Integração e o início de uma nova era das rodovias que cortam o Paraná. “O encerramento destes contratos é um processo de uma complexidade sem igual. Serão 24 anos de atividades analisadas sob o microscópio, visando garantir que tudo o que está previsto seja realizado”, disse Furiatti.

 

PERSPECTIVAS 2021 – Desta forma, o grande desafio para o próximo ano será a licitação do novo Anel de Integração, que está em fase final de estudo desenvolvido por uma empresa especializada e contratada pela União. Depois disso acontecerão as audiências públicas, que serão realizadas para definir a nova modelagem da concessão, e o leilão na Bolsa de Valores, garantindo total transparência em todo o processo. “A partir de novembro de 2021 encerram-se os atuais contratos e passaremos para uma nova etapa, com concessões que apresentem preços justos e realizem muito mais obras em nossas rodovias” explicou Sandro Alex.

 

FERROVIA - Outro leilão que deve acontecer em 2021 e é de extrema importância para o Paraná é o da Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.). Em 2020, a empresa foi qualificada no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) do governo federal, o que deve acelerar o seu processo de desestatização. A União vai ajudar o Paraná com apoio técnico regulatório necessário em diversas áreas, da modelagem e meio ambiente à atração de investidores.

 

A expectativa é colocar a Ferroeste em leilão na B3 até o final de 2021 já com o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) concluídos.

 

Esse cronograma prevê, ainda, a viabilidade da extensão (até 1.371 quilômetros) de uma nova ferrovia entre Maracaju (MS) e Cascavel (PR), a revitalização do atual trecho ferroviário entre Cascavel a Guarapuava, a construção de uma nova ferrovia entre Guarapuava e Paranaguá e a construção de um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu.

 

“Sem sombra de dúvidas o ano de 2020 é um marco na história da Ferroeste. Pelo segundo ano consecutivo conseguimos fechar as contas no azul, com superávit – o que nunca havia acontecido”, disse André Gonçalves, presidente da Ferroeste. “2021 tem tudo para também ficar na história com o leilão na Bolsa de Valores”, completou Gonçalves.

 

AEROPORTOS - As atenções do Governo do Estado e da Secretaria de Infraestrutura se voltarão em 2021 também para o modal aéreo. Está prevista a licitação para concessão dos aeroportos do Bloco Sul, que estão inseridos quatro aeroportos paranaenses (Afonso Pena, em São José dos Pinhais; Foz do Iguaçu; Londrina; e Bacacheri, em Curitiba).

 

O Afonso Pena, por exemplo, terá uma pista completa com pelo menos 3 mil metros de extensão que permitirá pousos e decolagens sem conexões para os Estados Unidos e países da Europa com aeronaves de grande porte (categoria 4E).

O Aeroporto Internacional das Cataratas, em Foz do Iguaçu, que pertence ao mesmo bloco de leilão, executa as obras de ampliação da sua pista principal. O custo total é de R$ 53,9 milhões, com previsão de conclusão em 2021. (Com AEN)

 

 

 

 

 

 

 

Safra de verão no Paraná deve chegar a 24,2 milhões de toneladas

O relatório mensal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, prevê que o Paraná deve colher 24,2 milhões de toneladas de grãos na safra de verão, em uma área de 6,1 milhões de hectares.

 

Entre os destaques, estão a soja e o milho, cuja maior parte das lavouras apresenta condições entre médias e boas. O pequeno percentual de condições ruins se deve à estiagem no início do plantio, que deixou o solo mais seco e dificultou a germinação. Mas, de maneira geral, as chuvas das últimas semanas têm contribuído para a recuperação dessas culturas, segundo o chefe do Deral, Salatiel Turra. “As chuvas mais homogêneas no Estado estão beneficiando especialmente as regiões com boa concentração de milho e soja, como o Oeste e o Sudoeste”, diz.

 

O milho da segunda safra apresenta uma estimativa de produção aproximadamente 14% maior do que na safra anterior, chegando a 13,4 milhões de toneladas, em uma área de 2,3 milhões de hectares. “Se as condições climáticas continuarem como estão, a tendência é que essa estimativa se concretize, e poderemos assim ter uma boa produção de milho”, explica Turra.

 

Com relação à soja, segundo as estimativas do departamento, devem ser produzidas 20,4 milhões de toneladas, volume 2% menor que na safra 2019/2020, mas que é bastante significativo e dentro da média para o estado.

 

 

SOJA - O plantio de soja já estava concluído e as chuvas das últimas semanas beneficiaram as lavouras. Atualmente, 77% da área têm condições boas, 19% médias e 4% ruins. O relatório deste mês mostra uma pequena redução na produção esperada no mês anterior, de aproximadamente 80 mil toneladas.

 

“As estimativas podem ter novas atualizações nas próximas semanas, mas as chuvas deste mês deram mais tranquilidade para o produtor”, diz o técnico do Deral Edmar Gervásio. Porém, embora as perspectivas para o ciclo 20/21 indiquem bons resultados, o recorde da safra 19/20 no Paraná pode não se repetir. Segundo o Deral, o volume estimado é de aproximadamente 20,4 milhões de toneladas – 2% a menos do que na safra passada -, em uma área de 5,6 milhões de hectares, 2% maior.

 

Em dezembro, a média do preço é de R$ 137,38 a saca de 60 quilos, o que representa bom retorno para o produtor, cobrindo os custos de produção. No mesmo período do ano passado o valor era de  R$ 77,00. O índice de comercialização chegou a 42,9%, considerado acima do normal para a época. 

 

MILHO PRIMEIRA SAFRA - Assim como a soja, a primeira safra de milho, que está no campo, foi beneficiada pelas chuvas das últimas semanas. Isso mantém os números em patamares de produção sem grandes oscilações neste momento, com volume estimado em 3,4 milhões de toneladas – 2% menor do que na safra passada,  em uma área de 359 mil hectares.

 

“Essa produção está dentro da média, pois a safra anterior havia sido recorde”, analisa o técnico Edmar Gervásio. De acordo com o Deral, as condições gerais das lavouras também estão satisfatórias, com um potencial para manter os índices de produção, especialmente se as previsões de chuva para os próximos dias se confirmarem.

 

Os preços apresentaram redução no último mês, de R$ 67,58 em novembro para R$ 63,59 em dezembro. A queda se deve se acentuar nas próximas semanas. “Além da redução da demanda, isso se explica porque o produtor que tem milho estocado neste momento está começando a abrir espaço para armazenar a nova safra de soja no início do ano”, diz Gervásio. Na comparação com a média de preços de dezembro do ano passado, de R$ 36,32, o aumento é de aproximadamente 75%.

 

MILHO SEGUNDA SAFRA - A primeira estimativa dessa safra aponta para área de 2,3 milhões de hectares, 2% superior à da safra anterior. A produção está estimada em 13,4 milhões de toneladas. “Se esse cenário se confirmar teremos uma safra relevante no Paraná, que deve abastecer o mercado”, diz o técnico do Deral Edmar Gervásio. Se as estimativas de área forem confirmadas, a região Norte do Estado terá a maior área, com mais de 800 mil hectares, cerca de 35% do total, seguida pelo Oeste, com 30%.

 

FEIJÃO PRIMEIRA SAFRA - Com o encerramento do plantio, a colheita do feijão da primeira safra atingiu 5% da área estimada em 150,4 mil hectares. A produção deve ser de 298,4 mil toneladas, uma redução de 6% com relação à safra 2019/2020, devido principalmente à estiagem. Na safra anterior, o volume produzido foi de 316,2 mil toneladas. Se o clima permanecer instável, os produtores devem ficar em alerta para uma eventual quebra. Com a redução da oferta no mercado, a previsão é de aumento do valor para os consumidores. 

 

Até o momento, as lavouras estão apresentando bom desenvolvimento. Segundo o levantamento do Deral, 78% estão em condições consideradas boas, 20% em condições médias e 2% ruins. “As áreas que apresentam condições piores são aquelas plantadas no início da safra, quando a estiagem prejudicou o desenvolvimento da cultura”, diz o economista do Deral, Methodio Groxko.

 

As demais, de acordo com o técnico, mantêm as perspectivas de produção e de produtividade.

 

De maneira geral, o ano de 2020 foi benéfico para a comercialização do feijão. O aumento do consumo durante a pandemia, aliado à baixa demanda devido à quebra acentuada da segunda safra, resultou em preços elevados.

 

Em dezembro, a saca de 60 quilos de feijão-preto é comercializada por     R$ 283,30 e o feijão-cores por R$ 288,04, em média. Em dezembro do ano passado, o feijão-preto era comercializado por R$ 131,81 - e o feijão-cores por cerca de R$ 236,00. “Considerando condições climáticas normais, na medida em que avançarmos na colheita, os preços devem baixar um pouco, o que é comum para a época”, explica Groxko. 

 

TRIGO - No último mês, houve um recuo significativo dos preços do trigo. Atualmente, a saca de 60 quilos é comercializada por R$ 68,31, abaixo da média registrada em novembro, de R$75,37. Apesar da redução, o preço é considerado satisfatório para os produtores. Se comparado ao preço de dezembro do ano anterior, o incremento é de 45% sobre a média de R$ 47,46. A comercialização segue em patamar recorde, de 82%.

 

De acordo com o engenheiro agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho, se esse valor for mantido em 2021, isso pode incentivar o plantio de mais trigo no Paraná. “Destaca-se, nesse sentido, a região Sul do Estado, onde não há competição de áreas com a segunda safra de milho, e os produtores conciliaram boas produtividades, bons preços e liquidez em 2020”, diz.

 

No entanto, acrescenta, a cultura de trigo é de alto risco. De acordo com ele, para um incremento de área se tornar incremento de produção é necessário que o Estado não tenha problemas com geadas e a estiagem, como as que prejudicaram parte da produção em 2020 e nas três safras anteriores.

 

A safra 2019/2020 resultou em uma produção de 3 milhões de toneladas. “Essa é uma oferta razoável, considerando os problemas que o Paraná enfrentou com a seca neste ano”, analisa Godinho. 

 

CEVADA - A colheita da cevada foi finalizada em novembro e a comercialização atingiu 100%, segundo o engenheiro agrônomo do Deral Rogério Nogueira. O relatório deste mês indica uma produção de 272 mil toneladas, volume 6% superior ao da safra 2018/2019, em uma área de 64 mil hectares. Neste mês, a média de preços ficou em R$ 84,32 a saca de 60 quilos, cerca de 40% maior na comparação com dezembro do ano passado.

 

MANDIOCA - A safra da mandioca chegou ao final e as condições para colheita neste período estão boas, segundo o economista do Deral Methodio Groxko. Os preços apresentaram redução porque muitas indústrias que utilizam a fécula estão entrando em recesso nesse período do ano.

 

Os preços da tonelada estão em R$ 416,00 neste mês, contra R$ 411,00 em dezembro do ano passado. A nova safra deve iniciar no final de janeiro. A expectativa é que as indústrias passem a utilizar mais fécula no próximo ano, fazendo com que os preços subam novamente.

 

VBP - O Deral também atualizou as previsões para o Valor Bruto da Produção (VBP) relativos à safra 2019/2020 para as culturas analisadas no relatório deste mês, que devem ter um incremento significativo. O VBP de 2019, que superou R$ 40 bilhões na soma dessas culturas, deve passar de R$ 54 bilhões no VBP 2020, segundo a técnica Larissa Nahirny.

 

“O que alavancou esse rendimento foi o preço da soja, que teve uma produção bastante expressiva, 26% superior à da safra anterior. Somente para esta cultura, o VBP está estimado em R$ 29 bilhões”, explica a técnica. O trigo também teve incremento de produção e preços. Com isso, o rendimento deve superar R$ 3,5 bilhões.

 

Apesar da redução na produção, os bons preços vão garantir um favorável rendimento para as culturas do milho e do feijão. A safra de milho deve somar R$ 11 bilhões de faturamento, enquanto o feijão pode ultrapassar R$ 2 bilhões. “A questão cambial no último ano beneficiou as commodities de modo geral, o que reflete no VBP”, completa a técnica do Deral. (Com AEN)

 

 

 

 

 

Safra de verão no Paraná deve ser recorde com 24,2 milhões de toneladas

O relatório mensal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, prevê que o Paraná deve colher 24,2 milhões de toneladas de grãos na safra de verão, em uma área de 6,1 milhões de hectares.

 

Entre os destaques, estão a soja e o milho, cuja maior parte das lavouras apresenta condições entre médias e boas. O pequeno percentual de condições ruins se deve à estiagem no início do plantio, que deixou o solo mais seco e dificultou a germinação. Mas, de maneira geral, as chuvas das últimas semanas têm contribuído para a recuperação dessas culturas, segundo o chefe do Deral, Salatiel Turra. “As chuvas mais homogêneas no Estado estão beneficiando especialmente as regiões com boa concentração de milho e soja, como o Oeste e o Sudoeste”, diz.

 

O milho da segunda safra apresenta uma estimativa de produção aproximadamente 14% maior do que na safra anterior, chegando a 13,4 milhões de toneladas, em uma área de 2,3 milhões de hectares. “Se as condições climáticas continuarem como estão, a tendência é que essa estimativa se concretize, e poderemos assim ter uma boa produção de milho”, explica Turra.

 

Com relação à soja, segundo as estimativas do departamento, devem ser produzidas 20,4 milhões de toneladas, volume 2% menor que na safra 2019/2020, mas que é bastante significativo e dentro da média para o estado.

SOJA - O plantio de soja já estava concluído e as chuvas das últimas semanas beneficiaram as lavouras. Atualmente, 77% da área têm condições boas, 19% médias e 4% ruins. O relatório deste mês mostra uma pequena redução na produção esperada no mês anterior, de aproximadamente 80 mil toneladas.

 

“As estimativas podem ter novas atualizações nas próximas semanas, mas as chuvas deste mês deram mais tranquilidade para o produtor”, diz o técnico do Deral Edmar Gervásio. Porém, embora as perspectivas para o ciclo 20/21 indiquem bons resultados, o recorde da safra 19/20 no Paraná pode não se repetir. Segundo o Deral, o volume estimado é de aproximadamente 20,4 milhões de toneladas – 2% a menos do que na safra passada -, em uma área de 5,6 milhões de hectares, 2% maior.

 

Em dezembro, a média do preço é de R$ 137,38 a saca de 60 quilos, o que representa bom retorno para o produtor, cobrindo os custos de produção. No mesmo período do ano passado o valor era de  R$ 77,00. O índice de comercialização chegou a 42,9%, considerado acima do normal para a época. 

 

MILHO PRIMEIRA SAFRA - Assim como a soja, a primeira safra de milho, que está no campo, foi beneficiada pelas chuvas das últimas semanas. Isso mantém os números em patamares de produção sem grandes oscilações neste momento, com volume estimado em 3,4 milhões de toneladas – 2% menor do que na safra passada,  em uma área de 359 mil hectares.

 

“Essa produção está dentro da média, pois a safra anterior havia sido recorde”, analisa o técnico Edmar Gervásio. De acordo com o Deral, as condições gerais das lavouras também estão satisfatórias, com um potencial para manter os índices de produção, especialmente se as previsões de chuva para os próximos dias se confirmarem.

 

Os preços apresentaram redução no último mês, de R$ 67,58 em novembro para R$ 63,59 em dezembro. A queda se deve se acentuar nas próximas semanas. “Além da redução da demanda, isso se explica porque o produtor que tem milho estocado neste momento está começando a abrir espaço para armazenar a nova safra de soja no início do ano”, diz Gervásio. Na comparação com a média de preços de dezembro do ano passado, de R$ 36,32, o aumento é de aproximadamente 75%.

 

MILHO SEGUNDA SAFRA - A primeira estimativa dessa safra aponta para área de 2,3 milhões de hectares, 2% superior à da safra anterior. A produção está estimada em 13,4 milhões de toneladas. “Se esse cenário se confirmar teremos uma safra relevante no Paraná, que deve abastecer o mercado”, diz o técnico do Deral Edmar Gervásio. Se as estimativas de área forem confirmadas, a região Norte do Estado terá a maior área, com mais de 800 mil hectares, cerca de 35% do total, seguida pelo Oeste, com 30%.

 

FEIJÃO PRIMEIRA SAFRA - Com o encerramento do plantio, a colheita do feijão da primeira safra atingiu 5% da área estimada em 150,4 mil hectares. A produção deve ser de 298,4 mil toneladas, uma redução de 6% com relação à safra 2019/2020, devido principalmente à estiagem. Na safra anterior, o volume produzido foi de 316,2 mil toneladas. Se o clima permanecer instável, os produtores devem ficar em alerta para uma eventual quebra. Com a redução da oferta no mercado, a previsão é de aumento do valor para os consumidores. 

 

Até o momento, as lavouras estão apresentando bom desenvolvimento. Segundo o levantamento do Deral, 78% estão em condições consideradas boas, 20% em condições médias e 2% ruins. “As áreas que apresentam condições piores são aquelas plantadas no início da safra, quando a estiagem prejudicou o desenvolvimento da cultura”, diz o economista do Deral, Methodio Groxko.

 

As demais, de acordo com o técnico, mantêm as perspectivas de produção e de produtividade.

 

De maneira geral, o ano de 2020 foi benéfico para a comercialização do feijão. O aumento do consumo durante a pandemia, aliado à baixa demanda devido à quebra acentuada da segunda safra, resultou em preços elevados.

 

Em dezembro, a saca de 60 quilos de feijão-preto é comercializada por     R$ 283,30 e o feijão-cores por R$ 288,04, em média. Em dezembro do ano passado, o feijão-preto era comercializado por R$ 131,81 - e o feijão-cores por cerca de R$ 236,00. “Considerando condições climáticas normais, na medida em que avançarmos na colheita, os preços devem baixar um pouco, o que é comum para a época”, explica Groxko. 

 

TRIGO - No último mês, houve um recuo significativo dos preços do trigo. Atualmente, a saca de 60 quilos é comercializada por R$ 68,31, abaixo da média registrada em novembro, de R$75,37. Apesar da redução, o preço é considerado satisfatório para os produtores. Se comparado ao preço de dezembro do ano anterior, o incremento é de 45% sobre a média de R$ 47,46. A comercialização segue em patamar recorde, de 82%.

 

De acordo com o engenheiro agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho, se esse valor for mantido em 2021, isso pode incentivar o plantio de mais trigo no Paraná. “Destaca-se, nesse sentido, a região Sul do Estado, onde não há competição de áreas com a segunda safra de milho, e os produtores conciliaram boas produtividades, bons preços e liquidez em 2020”, diz.

 

No entanto, acrescenta, a cultura de trigo é de alto risco. De acordo com ele, para um incremento de área se tornar incremento de produção é necessário que o Estado não tenha problemas com geadas e a estiagem, como as que prejudicaram parte da produção em 2020 e nas três safras anteriores.

 

A safra 2019/2020 resultou em uma produção de 3 milhões de toneladas. “Essa é uma oferta razoável, considerando os problemas que o Paraná enfrentou com a seca neste ano”, analisa Godinho. 

 

CEVADA - A colheita da cevada foi finalizada em novembro e a comercialização atingiu 100%, segundo o engenheiro agrônomo do Deral Rogério Nogueira. O relatório deste mês indica uma produção de 272 mil toneladas, volume 6% superior ao da safra 2018/2019, em uma área de 64 mil hectares. Neste mês, a média de preços ficou em R$ 84,32 a saca de 60 quilos, cerca de 40% maior na comparação com dezembro do ano passado.

 

MANDIOCA - A safra da mandioca chegou ao final e as condições para colheita neste período estão boas, segundo o economista do Deral Methodio Groxko. Os preços apresentaram redução porque muitas indústrias que utilizam a fécula estão entrando em recesso nesse período do ano.

 

Os preços da tonelada estão em R$ 416,00 neste mês, contra R$ 411,00 em dezembro do ano passado. A nova safra deve iniciar no final de janeiro. A expectativa é que as indústrias passem a utilizar mais fécula no próximo ano, fazendo com que os preços subam novamente.

 

VBP - O Deral também atualizou as previsões para o Valor Bruto da Produção (VBP) relativos à safra 2019/2020 para as culturas analisadas no relatório deste mês, que devem ter um incremento significativo. O VBP de 2019, que superou R$ 40 bilhões na soma dessas culturas, deve passar de R$ 54 bilhões no VBP 2020, segundo a técnica Larissa Nahirny.

 

“O que alavancou esse rendimento foi o preço da soja, que teve uma produção bastante expressiva, 26% superior à da safra anterior. Somente para esta cultura, o VBP está estimado em R$ 29 bilhões”, explica a técnica. O trigo também teve incremento de produção e preços. Com isso, o rendimento deve superar R$ 3,5 bilhões.

 

Apesar da redução na produção, os bons preços vão garantir um favorável rendimento para as culturas do milho e do feijão. A safra de milho deve somar R$ 11 bilhões de faturamento, enquanto o feijão pode ultrapassar R$ 2 bilhões. “A questão cambial no último ano beneficiou as commodities de modo geral, o que reflete no VBP”, completa a técnica do Deral. (Com AEN). 

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MON alcançou mais de 5 milhões de pessoas com ações virtuais

Museu Oscar Niemeyer se mantém em destaque quando o assunto é conquistar do público. Mesmo neste ano de pandemia, o MON alcançou mais de 5 milhões de pessoas com suas atividades virtuais. E mesmo fechado durante sete meses por causa do coronavírus inaugurou seis exposições físicas.

 

As mostras são Ásia: a terra, os homens, os deuses – Segunda Edição e Man Ray em Paris, abertas antes do início da pandemia, e Tony Cragg – Espécies Raras; Gente no MON, de Dico Kremer; Violência Sob Delicadeza, de Vera Martins, e Yutaka Toyota – O Ritmo do Espaço, após a reabertura em outubro.

 

Houve ainda dois projetos de itinerâncias para municípios paranaenses. O MON levou a exposição Artigas, nos Pormenores um Universo a Ponta Grossa e O Mundo Mágico dos Ningyos a Irati. As mostras foram inauguradas nos meses de novembro e dezembro.

 

Outra conquista do museu em 2020 foi chegar à fase final de negociações para a vinda de uma expressiva e importante coleção de arte para o acervo do museu, o que deverá ser consolidado no início do próximo ano.

 

PROTOCOLO DE SEGURANÇA - O MON elaborou um projeto e implementou um rígido protocolo sanitário, aprovado pela Secretaria de Estado da Saúde. O plano incluiu, por exemplo, ampla sinalização com adesivos; controle de público na entrada do museu e em cada sala expositiva; higienização e medidas para promover o distanciamento; processo de desinfecção de todo o material externo que entra no museu, com criação de sala especial para o procedimento.

 

Outras ações são a capacitação da equipe interna para atendimento ao público durante a pandemia; versão online para todo o material de apoio do museu, como folder e guia de programação; incentivo à venda de ingressos online, MON Loja versão online e outros.

 

MON EM CASA – Desde março, quando os espaços culturais foram fechados para evitar a disseminação do coronavírus, o MON também intensificou a produção de conteúdo virtual, aumentando o público nas redes sociais e propiciando conhecimento e descontração de maneira remota.

 

No período de março a novembro, as atividades online realizadas pelo museu alcançaram mais de 5 milhões de pessoas pelas redes sociais da instituição. Apenas as mediações e oficinas artísticas online somaram um público superior a um milhão.

 

“As ações virtuais deixaram de ser apenas informativas para se transformarem em vivências e experiências que proporcionam trocas enriquecedoras com quem acessa”, afirma a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.

 

Ela destaca que as ações online nasceram de um desafio, mas tornaram-se uma maneira de integrar, conectar e fazer com que as equipes internas do museu conduzissem esse momento. “O enorme alcance obtido demonstra que as ações foram muito bem-aceitas pelo público”, comenta.

 

As tradicionais oficinas artísticas do MON foram adaptadas para serem feitas a distância, com materiais simples, que geralmente as pessoas têm em casa. Em oito meses, foram disponibilizadas cerca de 50 oficinas, via Youtube, Instagram e Facebook. Todo o material pode ser encontrado nas redes sociais, com a hashtag #monemcasa, no canal do Youtube ou no hotsite: http://museuoscarniemeyer.org.br/mon/monemcasa/.

 

Muitas outras ações virtuais foram lançadas pelo MON durante o isolamento social, como um quiz semanal sobre o mundo das artes e séries temáticas de mediações.

 

ARTE PARA MAIORES – O programa Arte para Maiores, direcionado para o público com mais de 60 anos, também ganhou uma versão virtual que conquistou seguidores até mesmo fora do País.

 

“O programa é de grande importância para exercitar imaginação e criatividade”, disse a funcionária pública aposentada Ismenia Pavanatti, participante há quatro anos do Arte Para Maiores.  Ela destaca que a pandemia trouxe um grande desafio de adaptação e renovação diária. “Neste contexto, tornou-se muito importante continuarmos nossas atividades culturais”, diz.

 

Em uma das oficinas ela produziu um trabalho inspirado no artista curitibano Fernando Velloso, após ter assistido a um diálogo dele transmitido ao vivo pelo canal do Youtube do museu. “Sou muito grata ao MON e ao Arte Para Maiores”, afirma.

 

Na versão online, todos os participantes do programa recebem por whatsapp sugestões de oficinas variadas, sempre acompanhadas por links que trazem sons, vídeos e PDFs explicativos. A maioria das atividades está relacionada às exposições do MON e podem ser realizadas em casa. A proposta é a mesma das reuniões presenciais: aproximar o público das artes visuais. Mesmo com a reabertura do museu, a versão online do programa se mantém. (Com Agência Brasil)

 

 

 

 

 

Estado investe em inteligência para reforçar ações de combate a corrupção

O combate à corrupção desenvolvido pelo Governo do Paraná, por meio da Controladoria-Geral do Estado (CGE), está baseado num completo cruzamento de informações de vários bancos de dados, para subsidiar auditorias e o trabalho da Corregedoria do Estado.

 

O resultado foi evitar gastos de R$ 32 milhões em compras. Resultado também pode ser visto na investigação e abertura de processo contra cinco concessionárias de pedágio e em parcerias com órgãos de controle externo.

 

Só neste ano, o Observatório da Despesa Pública, vinculado à Diretoria de Inteligência e Informações Estratégicas, da CGE, cruzou registros de cerca de mil empresas e dos respectivos quadros societários. Esse trabalho identifica vínculos entre empresas e servidores e entre licitantes, além da legalidade de fornecedores quanto a endereço e classificação de atividade econômica.

 

A Controlador-Geral do Estado criou essa diretoria, que também engloba a Corregedoria do Estado, para consolidar o uso da tecnologia e inovação no combate à corrupção.

 

O controlador-geral, Raul Siqueira, completa que o Projeto Harpia, que está sendo desenhado junto com a Celepar, vai potencializar o controle das contas públicas, pois emitirá alerta em cada etapa de processo licitatório, caso haja desconformidade legal.

 

“Temos ferramentas que nos permitem descobrir se está ocorrendo direcionamento de licitação, quer por envolvimento de servidores quer por formação de conluio entre as empresas. Esse é apenas um exemplo das possibilidades de pesquisa e cruzamento de dados”, detalhou Siqueira.

 

Atualmente, o setor responsável tem autonomia para, por exemplo, verificar rodízio entre licitantes, sócios comuns, superfaturamento e aumento de capital de empresas e servidores. Também faz mensalmente auditoria da Folha de Pagamento do Estado e parcerias com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Tribunal de Contas, do Estado e da União.

 

CONCESSIONÁRIAS – Esse trabalho foi fundamental para a investigação de cinco concessionárias de pedágio. Econorte, Rodonorte, Ecovia, Ecocataratas e Viapar respondem a Processo Administrativo de Responsabilização (PAR). Foram cruzadas informações das concessionárias, das empresas contratadas por elas e de servidores, para verificar se havia vínculos irregulares.

 

“Conferimos todas as relações possíveis de indicar ilegalidade e, assim, em conjunto com outras informações levantadas pela Corregedoria, embasamos os processos”, explicou Daniel Berno, diretor de Inteligência e Informações Estratégicas.

 

A Corregedoria-Geral também abriu processo de responsabilização contra a empresa Green Logística e dá apoio aos procedimentos correcionais abertos em outros órgãos do Governo do Estado. São 562 sindicâncias, 116 processos de apuração de responsabilidade, oito de responsabilização e 214 processos disciplinares contra servidores.

 

CONTROLE – O serviço de inteligência dá suporte às ações de controle interno e auditorias. Com ele, foi possível analisar mais de R$ 370 milhões em contratações emergenciais, com dispensa de licitação por causa da covid-19, e impedir que R$ 32 milhões fossem gastos em processos que continham alguma irregularidade.

 

A Coordenadoria de Controle Interno analisa a conformidade dos processos feitos pelos órgãos e entidades estaduais com normas e legislação. Caso a equipe encontre algum procedimento que não atenda o que está normatizado, notifica o órgão responsável para que ele efetue um plano de ação para solucionar o problema. Só neste ano foram 153 planos de ação, indicados pela coordenadoria.

 

GMS – Com a recente edição do decreto 5.880/2020, todos os órgãos e entidades da administração pública direta são obrigados a usar o mesmo sistema de Gestão de Materiais e Serviços (GMS). Com isso, os dados do Portal da Transparência seriam atualizados mais rápida e automaticamente. “Estamos orientando os órgãos que ainda não se adaptaram ao sistema a cumprirem a legislação”, disse Wesley de Paula. (Com AEN)

 

 

 

 

 

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