Número de mortes violentas cai no 1° trimestre; 65% dos municípios não registraram casos

O Paraná registrou queda em mortes violentas intencionais (MVI) no primeiro trimestre deste ano. O número de homicídios dolosos, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio caiu 13,3% em comparação com o mesmo período de 2020, de 645 para 559, ou seja, 86 ocorrências a menos.

 

Além disso, em 65% dos municípios paranaenses não houve registro de mortes violentas. Dos 399 municípios, 260 não tiveram ocorrências. Em 2020, no mesmo período, foram 236 municípios (59%) sem casos.

 

O balanço da Secretaria de Estado da Segurança Pública foi divulgado nesta segunda-feira (24).

 

O secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, afirma que a redução se deve a uma estratégia específica de combate aos homicídios por meio de operações policiais. “Devido a um pequeno aumento de homicídios em algumas cidades no ano passado, a Segurança Pública começou a estudar e aplicar operações policiais contra o tráfico de drogas. Combatendo o tráfico de drogas, se combate também o homicídio”, disse o secretário.

 

O número de homicídios dolosos no primeiro trimestre deste ano caiu 13,6%, de 593 para 512. Houve queda de 20% nos roubos com morte (de 15 casos para 12). Já a lesão corporal seguida de morte aumentou 15,3% ao se comparar com o mesmo período do ano anterior (de 13 casos para 15).

 

“Nosso trabalho é muito qualitativo e tem sido muito eficiente. Usamos o georreferenciamento e estatística e, por isso, as operações não param no Paraná”, afirmou Marinho. “Toda semana desencadeamos uma ação nova para, justamente, reduzir os homicídios no Estado. E temos conseguido êxito com essas ações”.

 

FEMINICÍDIO – Também houve queda no número de feminicídios. A redução foi de 16,6%, de 24 casos para 20. O balanço de vítimas de feminicídios no Paraná passou a ser divulgado pela Secretaria da Segurança Pública no Relatório de Crimes Relativos à Mortes em maio de 2020. A informação antes era divulgada junto com os dados de homicídios e agora tem uma coluna específica, o que torna mais transparentes os dados sobre esta modalidade de crime.

 

POLÍCIAS – A presença ostensiva da polícia nas ruas é um dos fatores que contribui para a redução de mortes violentas intencionais, além de ajudar no combate a outros crimes que giram em torno deles, segundo o subcomandante da Polícia Militar do Paraná, coronel Rui Noé Barroso Torres.

 

“Atribuímos esses números positivos às operações de caráter ordinário e extraordinário, além do policiamento que está nas ruas diuturnamente. Podemos dizer que, seguramente, grande parte dos crimes contra a vida orbita em torno de outras práticas delituosas, como é o caso do tráfico de drogas”, disse.

 

A integração das forças da segurança tem sido um dos aliados para a redução de mortes violentas intencionais, conforme o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach. “Esses resultados, que geraram quedas nos índices criminais se devem à integração cada vez maior. Hoje realizados ações cirúrgicas em áreas de interesse operacional e que são mapeadas através da atividade de inteligência, o que proporciona uma atuação conjunta das forças policiais naqueles aspectos que têm uma relação direta com as mortes violentas”, explicou.

 

ÁREAS – Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) do Paraná, 14 registraram queda nos índices de mortes violentas intencionais no primeiro trimestre 2021, sendo que em cinco delas houve redução igual ou superior a 50%. São elas: 16ª AISP Paranavaí (que abrange 34 municípios do Noroeste), 55%; a 18ª (Apucarana, que abrange 26 municípios do Vale do Ivaí, 70%; a 20ª (Londrina, que corresponde a cinco municípios do Norte) 57%; a 21ª (Cornélio Procópio, abrange 20 munícipios do Norte) 50%; e a 23ª (Jacarezinho, que abrange 22 municípios do Norte Pioneiro), 63%.

 

A redução mais expressiva em todo o Estado foi na AISP de Apucarana, onde houve redução de morte violentas intencionais em 70%, de dez para três casos. Em números absolutos, a maior diminuição foi na 1ª AISP de Curitiba, que se refere apenas à Capital, onde houve 31 mortes a menos, de 88 para 57 registros.

 

CAPITAL – Acompanhando a tendência do Paraná, Curitiba reduziu os registros de mortes violentas intencionais neste ano. Em homicídio doloso, por exemplo, houve redução de 32,25% (de 80 para 55).

 

Não houve casos de feminicídio e nem de lesão corporal seguida de morte. No ano passado, mesmo período, houve um feminicídio e seis casos de lesão corporal seguida de morte. Já os casos de roubo seguido de morte aumentaram de um caso no primeiro trimestre do ano passado para dois no mesmo período de 2021.

 

Dos 75 bairros de Curitiba, 51 deles (68%) não registraram homicídios nos primeiros três meses de 2021, o que representa aumento de 11% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando 45 bairros não tiveram registro de morte violentas intencionais. (Com AEN)

 

 

 

Preço do leite pode disparar segundo CEPEA

Pesquisas ainda em andamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, apontam para um cenário de oferta limitada de leite no campo devido ao clima seco e à elevação dos custos de produção.

 

Assim, a expectativa é de que o movimento de valorização ganhe força já no pagamento de maio (que se refere à captação de abril), de modo que, na Média Brasil, os preços devam ultrapassar o patamar de R$ 2,00/litro.


Como é de se esperar, o menor volume de chuvas nesta época do ano diminui a disponibilidade e a qualidade das pastagens, afetando negativamente a alimentação volumosa do rebanho e a produção de leite. Com a oferta reduzida, observa-se a elevação sazonal dos preços no campo entre março e agosto.

 

Contudo, neste ano, a seca tem sido mais intensa, atingindo com gravidade importantes bacias leiteiras do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do País. Além das pastagens, a falta de chuvas tem diminuído também a produtividade das lavouras de milho e a qualidade da silagem de produtores de leite. Para agravar a situação, os custos de produção vêm registrando altas consecutivas. Insumos importantes para a produção de volumoso, como adubos e fertilizantes, são importados, e a desvalorização cambial tem elevado as cotações desses produtos.

 


Ao mesmo tempo, os custos com concentrado continuam elevados, refletindo a menor disponibilidade de grãos no mercado interno Assim, mesmo com a valorização do leite no campo, a margem do produtor tende a continuar prejudicada. A dificuldade em manter a atividade rentável tem levado muitos produtores a aumentar o abate de vacas, uma vez que as cotações no mercado de corte estão atrativas.

 


Contudo, o descarte de vacas é um indicador de que a produção de leite deve demorar a se elevar, mesmo diante do estímulo dos preços, o que deve reforçar o cenário de limitação da oferta nos próximos meses. Além disso, como já se tem observado, a desvalorização do Real frente a outras moedas tem limitado as importações de lácteos, favorecendo a maior competição entre indústrias pela matéria-prima. Como reflexo, o preço do leite no mercado spot de Minas Gerais subiu 1,7% entre a primeira e a segunda quinzena de abril e mais 7,5% na primeira quinzena de maio (atingindo a média de R$ 2,20/litro). A oferta limitada de leite impactou negativamente os estoques de derivados lácteos nas indústrias e atacados em abril. A pesquisa do Cepea realizada com apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostrou que os laticínios têm conseguido repassar a alta da matéria-prima aos derivados.

 

No entanto, o menor poder de compra do consumidor e a pressão dos canais de distribuição limitaram maiores valorizações. É importante frisar que o aumento do desemprego, a elevação da inflação e o avanço da pandemia têm fragilizado a demanda, o que pode frear a intensidade da valorização do leite no campo, mesmo no contexto de baixa disponibilidade e custos elevados. (Com Jornal Expoente)

 

 

 

Vacinas da Pfizer serão distribuídas nesta segunda; veja divisão nos nove municípios

As 39.780 doses de vacina da Pfizer/BioNTech recebidas na semana passada pelo Paraná serão enviadas para os municípios da Região Metropolitana de Curitiba e do Interior nesta segunda-feira (24). O município de Curitiba retirou as doses no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) na semana passada.

 

Nesta remessa foram contempladas, além da Capital, Ponta Grossa, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Araucária, Campo Largo, São José dos Pinhais, Colombo e Pinhais. A Secretaria de Estado da Saúde definiu a distribuição considerando a capacidade de armazenamento, conservação e aplicação dos imunizantes que exigem cuidados específicos.

 

A vacina pode ficar armazenada entre 2º e 8ºC por até cinco dias, segundo o Ministério da Saúde, o que facilita a descentralização. Este intervalo possibilita que, seguindo os prazos corretos, a vacina seja aplicada com eficiência. No Cemepar elas ficam em ultrafreezers de -70°C, que é a exigência de armazenamento de longo prazo.

 

“Nossas equipes estão em contato diário com as Regionais de Saúde e os municípios para verificar a distribuição da vacinas da Pfizer de acordo com a capacidade de cada cidade. Havendo sinal por parte das equipes municipais, o Estado descentralizará as doses para o maior número de cidades possível”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

 

A primeira remessa ficou apenas com Curitiba e a segunda seguiu também para Londrina, Maringá e Cascavel.

 

COMORBIDADES – As doses contemplam a primeira aplicação (D1) da vacina em pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente e gestantes e puérperas com comorbidades, que é o maior entre os grupos prioritários do Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19, que tem 4,8 milhões de pessoas.

 

“Contamos com a colaboração dos municípios para que apliquem as doses de acordo com a recomendação do Ministério da Saúde para que possamos avançar na vacinação no Paraná”, acrescentou Beto Preto.

 

Confira a distribuição das doses por município:

Curitiba – 7.020

Ponta Grossa – 8.190

Guarapuava – 1.170

Foz do Iguaçu – 9.360

Araucária – 1.170

Campo Largo – 1.170

São José dos Pinhais – 4.680

Colombo – 3.510

Pinhais – 3.510

Total: 39.780 doses. (Com AEN)

 

 

 

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